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O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, participou na quarta-feira (8) do painel “Mobilidade urbana e qualidade para todos”, durante o III Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, realizado em Brasília. Fruet debateu o tema ao lado do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e do governador do estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.
Gustavo Fruet disse que Curitiba continua sendo uma cidade referência em transporte coletivo, porém a atual gestão busca melhorar não somente o sistema, como a mobilidade urbana. Para isso, além de buscar o reajuste dos recursos do governo federal para a construção do metrô na cidade, a Prefeitura ainda investe na integração dos modais, na extensão do sistema BRT (Bus Rapid Transit), além da instalação da Via Calma na Avenida Sete de Setembro, de compartilhamento entre carro e bicicleta. O incentivo ao uso da bicicleta em toda a cidade e a necessidade de buscar novas formas de financiamento para o sistema de transporte foram outros temas da participação de Fruet no encontro.
Com mais de oito mil inscritos, o encontro dos municípios, promovido pela Frente Nacional dos Prefeitos, é considerado o maior evento sobre sustentabilidade urbana do país. Com uma programação que inclui arenas de diálogos, praças de boas práticas, mesas temáticas sobre os caminhos das cidades, reunião geral da Frente e posse da nova diretoria, o encontro reuniu prefeitos, ministros, dirigentes e especialistas em diferentes áreas ligadas à sustentabilidade.
Financiamento
O presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Junior, também participou do Encontro dos Municípios defendendo, durante palestra proferida na quarta-feira (8), a necessidade de revisão do modelo de financiamento do transporte público no país. Gregório participou da mesa temática sobre “Financiamento, custeio e gratuidades – quem paga a conta: quem usa ou quem se beneficia?”
Gregório afirmou que, não excluindo do debate outras importantes questões ligadas ao planejamento e gestão do transporte público, como eficiência, conforto e transparência, é necessário que se coloque, como tema central nesta câmara técnica a discussão de alternativas de financiamento da operação dos serviços de transporte público coletivo.
“O modelo adotado, de financiamento da operação quase que exclusivamente via arrecadação tarifária, praticado em todos os municípios, mostra-se inadequado no objetivo de se alcançar um serviço de alta qualidade e baixo custo para o usuário”, afirmou
Um dos pontos ressaltados no debate foi a necessidade de que outros segmentos da sociedade, beneficiários do transporte público, contribuam para o seu financiamento. No encerramento de sua apresentação, ele lembrou que em outros países essa participação já é realidade, como na Europa onde, em média, os subsídios respondem por quase metade dos recursos destinados a financiar a operação dos sistemas.
