O coordenador da Frente Parlamentar do Coronavírus, deputado Michele Caputo (PSDB), destacou no dia 18, quinta-feira, o anúncio do Governo do Paraná que já formalizou a intenção de compra de 16 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus. De acordo com a disponibilidade dos laboratórios, o volume de doses pode aumentar.
“Há três meses, no relatório das ações desenvolvidas pela frente em 2020, já recomendamos que o Paraná fizesse esse tipo de sinalização aos laboratórios. Trata-se de uma medida fundamental para colocar o Estado na fila de espera por doses, a fim de complementar o Programa Nacional de Imunização, que caminha a passos lentos”, explica o deputado, que já foi secretário de Saúde do Paraná.
Na recomendação da Frente Parlamentar, os deputados pediam já em dezembro que o governo estadual oficializasse acordos de intenção de compra de doses com vários fornecedores de vacinas promissoras, mesmo que ainda não tivesse o aval da Anvisa – o que foi anunciado pelo governador na tarde de quarta-feira, 17.
“Isso porque esses documentos não atrelam à obrigatoriedade de compra e não dependem de desembolso financeiro, mas colocam o Paraná na lista de prioridades das fabricantes”, defendiam os deputados.
Além disso, segundo o relatório da frente, o fator preço não poderia ser um impeditivo para aquisição de doses, tendo em vista que quanto mais cedo a população for imunizada, mais vidas serão preservadas e mais rápido poderá ser a retomada econômica. “O Paraná tem R$ 200 milhões reservados para compra de vacinas contra a Covid-19”, complementa Caputo.
Doses
O Paraná formalizou em oito cartas de intenção para diferentes laboratórios o desejo de comprar imediatamente 16 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. Essa quantia pode chegar a 33 milhões de doses e depende da capacidade de entrega das farmacêuticas.
“Estamos conversando com diversos laboratórios na tentativa de colaborar com o Ministério da Saúde. O Paraná não parou um só momento em busca de saídas para a vacinação”, destacou Ratinho Junior durante encontro com os governadores Eduardo Leite (PSDB-RS) e Carlos Moisés (PSL-SC) em Florianópolis.
O plano deve ganhar mais intensidade justamente pela unificação de estratégias do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina em busca de soluções conjuntas para o enfrentamento ao vírus. O Consórcio Paraná Saúde é uma estratégia que reúne 398 municípios e desde o início da pandemia é uma opção para acesso direto aos fornecedores. O aporte financeiro do será feito pela Secretaria Estadual de Saúde.