“Foi fechada uma choperia e dois bares, que tinham, respectivamente, 200, 70 e 180 pessoas. Também duas festas clandestinas, uma com 40 e outra com 150 pessoas. A sociedade curitibana, que faz o seu dever de casa, que sai de manhã para trabalhar e volta para casa, não pode pagar por esses irresponsáveis e criminosos que ainda estão aglomerando”, protestou Pier Petruzziello (PTB), líder do governo, na terça-feira (22), na Câmara Municipal de Curitiba (CMC).
Petruzziello usou o espaço do pequeno expediente, no início da sessão plenária, para relatar os números acima, obtidos com o secretário municipal de Urbanismo, Julio Mazza de Souza, em reunião na véspera. “Escutei em março que a prefeitura não fiscalizava a cidade, que as aglomerações eram culpa da falta de fiscalização. Temos um importante trabalho de fiscalização em pontos reais de aglomeração… É inadmissível lugares com 180 pessoas na pandemia”, esbravejou, pedindo, na sequência, que a população denuncie quem estiver descumprindo as regras de distanciamento social.
Antes, o líder do governo havia respondido à crítica do vereador Marcos Vieira (PDT). Para o pedetista, a Prefeitura de Curitiba devia reabrir para atendimento geral as unidades de saúde que fecharam para a população. “As unidades de saúde [USs] não têm estrutura para receber os atendimentos daquelas que foram fechadas. Ontem pudemos acompanhar filas com pessoas na chuva. Uma das unidades de saúde que eu citei semana passada, a US Xapinhal, foi reaberta, mas precisamos das outras”, cobrou o parlamentar.
“Elas não foram fechadas, foram remanejadas. É diferente”, respondeu Petruzziello. Para o líder do governo, por exemplo, a reabertura da US Xapinhal é um sinal de que “as coisas estão acontecendo”. Na sua fala, Marcos Vieira citou outros dois equipamentos públicos: “a US Nossa Senhora da Luz prestava atendimento a um grande número de pessoas e continua fechada. Na US Umbará, havia muita gente na chuva”. Vieira pediu sensibilidade ao Executivo com os artesãos, para que a Feira da Ordem volte a funcionar. “Eles vendem no domingo o que produzem na semana. Para muitos, é a única forma de sobrevivência que eles têm”, disse.
Anunciando ter se vacinado, Mauro Bobato (Pode) elogiou o trabalho das equipes encarregadas da campanha de imunização na Regional do Tatuquara. “Demorei uma hora e meia para ser vacinado, mas o pessoal da Saúde estava lá, com um espírito bom, e foi super tranquilo, com a fila andando rápido. É um momento de esperança”, disse, pondo sua esperança de fim da pandemia no avanço da vacinação. “A Prefeitura de Curitiba continua trabalhando”, defendeu.