Cerca de 160 mil paranaenses recebem medicamentos de alto custo e uso contínuo gratuitamente através do programa Farmácia do Paraná, do Governo do Estado. Desde 2010, o número de usuários cadastrados aumentou em 50%, contemplando pacientes dos 399 municípios do Paraná.
Somente no ano passado, o Paraná movimentou cerca de R$ 781 milhões na área de assistência farmacêutica, incluindo recursos para a compra de medicamentos, soros e vacinas e o repasse de incentivos às prefeituras. Em cinco anos, o investimento ultrapassa a marca de R$ 3 bilhões.
“Estamos dando uma atenção especial a este setor, ampliando sistematicamente o orçamento destinado para a área e garantindo a oferta de medicamentos gratuitos à população”, declara o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, que também é farmacêutico.
Em 2015, o volume de distribuição foi o maior da história – chegou a 166 milhões de unidades de medicamentos, soros e vacinas. A ação atende pessoas que estão em tratamento para mais de 80 doenças e condições clínicas, como Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla, esquizofrenia, artrite, asma grave e diabetes. São ofertados ainda medicamentos para terapia pós-transplante.
De acordo com Caputo Neto, o governo estadual também investiu pesado na estrutura física das sedes regionais. “Doze unidades já foram construídas, reformadas ou ampliadas. Há obras em andamento em outras três regionais, além da sede do Cemepar, o Centro de Medicamentos do Paraná. Esperamos que em breve todas as nossas 22 farmácias funcionem neste novo padrão, com mais conforto e qualidade no atendimento”, detalhou o secretário.
METROPOLITANA
Entre as farmácias reestruturadas está a da 2ª Regional de Saúde, em Curitiba, que atende a população de 29 municípios. Com a mudança para um novo prédio, em novembro do ano passado, a unidade se tornou uma das maiores farmácias públicas do País.
São 1.605 metros quadrados distribuídos em um espaço com três andares no Centro da Capital. “Melhorou muito. A farmácia antiga funcionava em um anexo adaptado da regional de saúde e já não suportava a demanda, que é de mais de 1,2 mil atendimentos por dia”, disse a chefe da unidade, Kelly Cristiane Gusso Braga.
Além de alas mais amplas, as novas farmácias contam com um diferencial – o consultório farmacêutico. O local é utilizado para orientar os pacientes quanto à administração do medicamento, assim como a possíveis reações adversas e interações medicamentosas que podem prejudicar o tratamento.
A diretora do Departamento de Assistência Farmacêutica, Deise Pontarolli, explica que a orientação profissional contribui diretamente para maior efetividade e segurança do tratamento. “Não basta apenas distribuir o medicamento. É preciso garantir que o paciente esteja bem informado e saiba exatamente como agir para que o tratamento tenha o efeito desejado”, ressalta.