FAPI realiza evento em alusão ao Dia Internacional da Síndrome de Down

FAPI realiza evento em alusão ao Dia Internacional da Síndrome de Down

por Noelcir Bello

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A FAPI, Faculdade de Pinhais, realizou no último dia 21 o Pense Down, um importante evento que teve como objetivo conscientizar a sociedade para a busca de melhores práticas sociais e inclusão dos portadores da Síndrome de Down.

O Dia Internacional da Conscientização Down (21 de março), data estabelecida em 2006, tem por finalidade conscientizar e combater o preconceito com os portadores da Síndrome de Down.

A Síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. Esta deficiência foi descoberta há 153 anos pelo médico Britânico, DOWN.

Todo portador de Down tem suas características próprias e, muitas vezes, apresentam uma maior dificuldade para desenvolver determinadas atividades. No entanto, ao serem estimulados, aprendem novas atividades, desenvolvendo-as de forma surpreendente.

Devemos respeitar sempre a individualidade deles, pois todos têm suas questões pontuais que ainda não conhecemos, assim como os seus limites.

Crianças ativas e felizes

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Durante o evento, conversamos com Mayara Wachtel, mãe da pequena Giovana. Ela nos contou que na época em que estava grávida, ao fazer a ecografia, seu médico percebeu a possibilidade de ser uma gestação Down. “A primeira reação foi um choque, pois eu não conhecia nada a respeito do assunto. O segundo passo foi visitar a Associação Down, em Curitiba, para buscar conhecimento e orientações. Ali aprendi que não há mudança na forma de educar e conviver com uma criança com Síndrome de Down”, pontuou.

Giovana é a segunda filha do casal e eles garantem que estão aprendendo muito com a pequena. Depois do nascimento de Giovana, Mayara passou a levar uma vida muito mais feliz e consegue superar todos os problemas de uma forma mais leve. “A minha filha convive e brinca normalmente com seus primos e com outras crianças. Felizmente, nunca sofreram nenhum tipo de preconceito. Como aluna da FAPI e mãe de Down, acredito que este evento foi uma grande oportunidade de mostrar a importância da conscientização neste dia reservado para o assunto. Precisamos olhar o mundo com novos olhos e entender que o amor é infinito. Transmitir o amor é a chave para um mundo melhor, sem preconceitos”, finalizou Mayara.

Willian Brugnolo – um talentoso multiartista

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Willian Douglas Brugnolo, portador de Down, é ator, pintor, dançarino, desenhista, estilista, modelo e caricaturista. Responsável por realizar as caricaturas dos presentes no evento, Willian mostrou ser realmente muito talentoso.

Em um bate-papo com a nossa reportagem, o artista nos contou sobre a sua alegria em participar de eventos como este realizado pela FAPI. “Esta é sempre uma grande oportunidade para conhecer pessoas, expor o meu trabalho, quebrar preconceitos e mostrar que tenho todas as condições de enfrentar o mercado de trabalho”, afirmou Willian.

Brugnolo disse que começou a desenhar ainda pequeno, porém só aos 33 anos, em conversa com a sua família, percebeu a oportunidade de trabalhar e ganhar dinheiro fazendo algo que realmente gostava. “Frequentei a escola ecumênica, onde aprendi um pouco a desenhar, mas o mais importante mesmo foi a convivência e o incentivo da família. Nunca fiz nenhum curso para desenhar, aprendi sozinho. Acho que este deva ser um dom”, contou.

Incentivado pela família, Willian usa o celular, tablet e acessa as redes sociais todos os dias. “Todos somos capazes, porém é muito importante o incentivo, em especial da família. Todas as pessoas são normais, mas nós temos que ser mais normais que elas”, finalizou o artista.

Conscientizar a sociedade

Segundo Adriana Vicentini, estudante de Pedagogia da FAPI e participante do grupo acadêmico, este é um movimento que a entidade realiza pela primeira vez e visa conscientizar os jovens e a sociedade para a busca de melhores práticas sociais para inclusão. “A ideia surgiu a partir de uma das alunas, que é mãe de uma criança com Síndrome de Down. Passamos dois meses preparando o evento e convidamos a Professora Simone Schemberg, Mestre e Especialista em Distúrbio da Comunicação, para proferir a palestra do dia”, comentou.

Ainda de acordo com a estudante, é notória a necessidade de trabalhar com situações onde se tem pouca informação. “Queremos conscientizar. Assim surgiu o evento Pense Down. No decorrer do ano, pretendemos trazer outros assuntos do segmento, que requerem uma maior inclusão. Cada momento compartilhado com um pessoa especial é uma nova oportunidade de aprendizado. Eles estão sempre nos ensinando, inclusive até a sermos pessoas melhores”, concluiu Adriana.

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