Mãe de duas crianças, de 5 e 8 anos, a dona de casa Tatiane Caiuru de Oliveira, 25 anos, foi até o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Pilarzinho, na tarde de quarta-feira (8/7), para buscar alimentos produzidos por pequenos agricultores. Em três sacolas grandes, levou para casa dez quilos de arroz e fubá, suco de uva, geléia, pão, frutas, verduras e legumes.
Tatiane faz parte de um grupo de 1.630 famílias atendidas e selecionadas pela Fundação de Ação Social (FAS) para receber os alimentos encaminhados pelo programa Compra Direta do Governo do Estado e que começaram a ser distribuídos na quarta-feira.
“Vai ajudar muito porque as crianças estão em casa e acabam consumindo mais. E se for para comprar fica mais difícil porque fazer mercado está muito caro”, disse Tatiane.
A jovem conta que a vida não é fácil, mas que o atendimento que recebe no Cras diminui as dificuldades.
“Tenho um filho que é autista e tem paralisia cerebral. Não posso trabalhar porque preciso cuidar dele, mas sempre que preciso recebo ajuda do Cras.”
Foi no Cras Pilzarinho que Tatiane conseguiu solicitar o Benefício de Prestação Continuada (BPC), auxílio pago pelo Governo Federal para pessoas com deficiência e idosos.
Jayson Kelvin Santos de Campos, 18 anos, também recebeu alimentos. Casado e pai de uma menina de 3 meses, ele disse que a comida chega em boa hora já que a renda diminuiu, desde o início da pandemia. “Sou autônomo e o trabalho está fraco”, contou o rapaz que trabalha como jardineiro junto com o pai.
Cada família recebeu ainda uma lista de receitas que trazem o fubá como ingrediente principal, cuidadosamente impressa pelos servidores do Cras.
Comida na mesa
A FAS está distribuindo os alimentos a pedido do governo estadual.
“Estamos sendo a ponte entre o Governo do Estado e as famílias, garantindo assim que esses alimentos, que não compõem cestas básicas, cheguem rapidamente à mesa de quem mais precisa”, explicou o presidente da FAS, Fabiano Vilaruel.
Na quarta-feira, os alimentos foram entregues em 19 Cras. Na próxima quarta-feira (15/7), será a vez das famílias atendidas nos outros 20 existentes na cidade.
Até setembro, elas terão direito a fazer seis retiradas de alimentos comprados de duas cooperativas de agricultores familiares, totalizando 173 toneladas em produtos.
As famílias selecionadas para receber os alimentos são acompanhadas nos Cras pelo Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), que busca fortalecer a função protetiva, prevenir a ruptura de vínculos, promover o acesso a direitos e, com isso, contribuir para a melhoria da qualidade de vida. Em função da condição de vida, todas recebem complemento de renda.