Estudo de novo medicamento para depressão busca voluntários em Curitiba

Estudo de novo medicamento para depressão busca voluntários em Curitiba

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O processo de recrutamento está acontecendo em 6 países. Pacientes devem ter entre 18 e 65 anos e diagnóstico de até 12 meses do transtorno.

O Brasil vive uma crise de saúde mental. Dados recentes do Ministério da Previdência Social mostraram que em 2024, foram quase meio milhão de afastamentos do trabalho por depressão. Este foi o maior número em pelo menos dez anos. Quando se fala em quantidade da população acometida pela depressão, a nível continental, o Brasil aparece atrás apenas dos Estados Unidos, onde segundo a Organização Mundial de Saúde, 5,9% da população sofre do transtorno.  

Agora a capital paranaense tem a oportunidade de oferecer um novo tratamento promissor. A empresa Trial Tech (instituição privada de investigação clínica) abriu o recrutamento de pessoas que sofrem de depressão para um estudo de um novo medicamento de um renomado laboratório estrangeiro.  

“Os estudos preliminares deste medicamento têm se mostrados muito promissores. Fomos escolhidos para sermos um dos polos de estudo e tratamento com essa molécula e, caso a eficácia seja comprovada, o medicamento poderá ser vendido nas farmácias em médio prazo”, explica o Dr Luiz Fernando Petry, médico psiquiatra pesquisador da TrialTech.  

Os critérios para participar desse estudo são: morar em Curitiba ou Região Metropolitana, ser do sexo masculino ou feminino, ter de 18 a 65 anos com episódio de depressão atual (de até 12 meses) e ter feito uso de no máximo um medicamento. A inscrição é feita pelo telefone (41) 99206-1583 e a validação da participação acontece após a triagem dos candidatos.  

Espera-se que pelo menos 20 pessoas sejam selecionadas em Curitiba. Além da capital paranaense, outras instituições dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre estão realizando o tratamento e ainda de cidades de outros cinco países.  

O estudo deve ter a duração máxima de um ano, dividida em duas fases: a dupla cega placebo e a fase aberta. Na primeira, segundo Dr Petry, um grupo de pacientes recebe o medicamento e outra o placebo. Após a análise do impacto, todos os pacientes recebem o medicamento.  

Durante o estudo ocorrem visitas para exames e testes de saúde, que podem incluir avaliação com psiquiatra, avaliação de história médica, eletrocardiograma, exames de sangue e urina. Nenhum procedimento será cobrado e serão todos realizados na TrialTech. O laboratório também cobre as despesas com o transporte até o centro de pesquisa. Caso o medicamento venha a ser comprovado como eficaz, o paciente poderá utilizá-lo por tempo indeterminado, até quando lhe for conveniente sem custo algum.  

“O conhecimento adquirido a partir deste estudo tem o potencial de beneficiar muito mais pacientes que apresentam a doença e oferecer possíveis benefícios para a saúde pública. É importante frisar que a participação dessas pessoas que se candidatarem ao estudo pode ajudar em como iremos encarar o futuro do tratamento para a depressão”, afirma o Dr. Petry. 

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