Profissionais que participaram do 11º Congresso Sul-Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, em Curitiba, visitaram o Hospital Municipal do Idoso no dia 26 de julho, sexta-feira. Eles elogiaram a organização e a limpeza da unidade, onde o atendimento é bem avaliado por 98% dos usuários. Para os especialistas, o modelo de gestão da unidade pode servir de referência e ser replicado no Brasil e até mesmo em outros países da América Latina.
Administrado pela Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde (Feaes), vinculada à Secretaria Municipal da Saúde e órgão da administração indireta da Prefeitura de Curitiba, o hospital é pioneiro no Brasil em atendimento a pacientes com mais de 60 anos e referência no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Os nossos processos são bem alinhados, clinicamente falando. Isso reduz o tempo médio de internação para sete dias, metade do que chega a tomar em outras instituições”, justificou o diretor executivo do hospital, Altair Damas Rossato.
Segundo ele, o processo assistencial e o tempo de internamento são metas. Rossato recepcionou os visitantes acompanhado da geriatra Marina Bueno.
Alto padrão
Para o geriatra gaúcho Renato Bandeira de Mello, diretor científico da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), o hospital de Curitiba é “uma organização de alto padrão para atendimento ao idoso”. Segundo ele, o exemplo das equipes multiprofissionais que trabalham em cenários integrados nas enfermarias pode ser replicado em outros hospitais.
“Um hospital para idosos não é algo comum em países latino-americanos. Temos um na Argentina, mas ele não foi construído para isso. Foi transformado. Um aspecto que me chamou a atenção aqui foi a limpeza. É um lugar muito limpo”, avaliou o geriatra argentino Jose Ricardo Jauregui, presidente da Sociedade Internacional de Geriatria e Gerontologia (SIGG).
Na opinião do geriatra paulista Carlos André Uehara, presidente da SBGG, o hospital prova que é possível entregar um produto de qualidade no SUS, com assistência humanizada. “O desafio é levar este modelo de gestão para outros hospitais”, disse ele. A geriatra gaúcha Berenice Werle também acompanhou a visita, que passou por vários setores do hospital, como enfermaria, CTI, farmácia e Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD).