A iniciativa, idealizada e executada pela Biblioteca Pública de Pinhais e pelo Departamento de Cultura, tem como objetivo estimular o hábito da leitura, despertando nos participantes o gosto e o prazer de ler
Na noite da terça-feira (7), a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer realizou a abertura da 12ª Feira Cultural do Livro e 1º Festival Literário Adélia Maria Woellner. A iniciativa, idealizada e executada pela Biblioteca Pública de Pinhais e pelo Departamento de Cultura, tem como objetivo estimular o hábito da leitura, despertando nos participantes o gosto e o prazer de ler.
Para descentralizar as atividades, e com intuito de estender a um público maior, além do Centro Cultural, outros espaços receberam as ações da Feira e do Festival. Além disso, incrementou-se à programação um debate sobre políticas públicas do livro e leitura e os Planos Nacional e Estadual de Leitura.
O diretor de Cultura de Pinhais, Marcos Oliver, falou sobre as mudanças no formato do evento, que descentralizam e democratizam ainda mais o acesso. “A gente busca, a cada nova edição, inovar um pouco mais. Nesta 12ª edição unimos o Festival Literário à Feira do Livro discutimos sobre temas que estão em pauta no momento, sobre educação e literatura, como a democratização do acesso à leitura. Também descentralizamos e fizemos em diferentes espaços da Prefeitura. Reforçamos o fomento aos mediadores de leitura para que levem esta prática do ler para mais pessoas. Este é um evento que une a arte da literatura com a arte teatral”, destacou o diretor.
Para o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Bruno Sitima, a ampliação da iniciativa resulta em um maior contato com a leitura e o livro. “Resolvemos ampliar a Feira, além da venda de livros, com contações de história, jogos, teatro, sempre valorizando o livro. Pois a música, o teatro, a cultura se inspiram nos livros a todo momento. Então, queremos, mais uma vez, reforçar a importância da leitura. Desejamos que aproveitem bem tudo que foi preparado e parabenizo a equipe do Departamento de Cultura”, afirmou Sitima.
A vice-prefeita de Pinhais, Rosa Maria, que também é professora de língua portuguesa, falou sobre a importância de a leitura ter um espaço privilegiado em todos os ambientes em que vivemos. “Parabenizo a equipe da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, sobretudo do Departamento de Cultura pelo belo evento e programação. Pinhais tem colocado a cultura como estratégia para o desenvolvimento da cidade, porque por meio da cultura nós transformamos a realidade. Mario Quintana já dizia que os livros não mudam o mundo, os livros mudam as pessoas e elas é que mudam o mundo. Então, o livro é um dos maiores instrumentos de transformação das pessoas, porque a leitura é a base de todas as outras aprendizagens. Porém, os indicativos infelizmente ainda mostram que somos um país que lê muito pouco e que a leitura não é compreendida. Com isso, a leitura precisa ganhar um lugar privilegiado em todos os espaços. E hoje me alegra muito ver um público com pessoas de diferentes idades partilhando deste momento”, declarou a vice-prefeita.
A grande homenageada da noite e desta edição do evento, a escritora paranaense Adélia Maria Woellner, compartilhou um pouco de sua sensibilidade sobre o universo dos livros. “A gente começa a olhar a carinha das pessoas, a expectativa no olhar, fica todo mundo imaginando: quem escreve é igual a gente, dá impressão que não é. Porque quando uma criança pega um livro na mão e olha o nome de quem escreveu, é como se fosse alguém de outro mundo, ou uma pessoa que já morreu.
Então quando entro em uma sala de aula para falar com as crianças conto que já fui como elas, que não sabia ler nem escrever, sentei em um banco de escola para aprender e hoje consigo registrar algumas histórias, alguns poemas para todos vocês. Então esta é a mensagem que dou para todas as pessoas. O papel é um santo remédio, quando estamos bravos, alegres, de qualquer jeito, principalmente quando a gente precisa desabafar pega um papel, escreve o que está sentindo, ele não critica, não reclama, aceita nossa confissão, nosso entusiasmo, nossas conquistas, faz um bem enorme. E nesta brincadeira de escrever, às vezes até um sonho estranho, não se constranja se não gostar, amasse e jogue fora, parta pra outra folha e vá em frente. E é assim que a gente ousa escrever, e assim hoje estou aqui recebendo esta homenagem, quando comecei brincando com a poesia e ela me trouxe até aqui”, finalizou.
Durante a abertura do evento também foi apresentado pelo Grupo Almazem Teatro de Bonecos, o espetáculo “O Jardim das Virtudes”, peça que inspirou o livro homônimo da escritora. Também estiveram presentes a secretária de Educação de Pinhais, Andrea Franceschini e a escritora de Kazuko.
