sexta-feira, 20 de setembro de 2024
“Entrei no PL para somar e ajudar a definir o melhor para Pinhais e o estado”, afirma Marinho

“Entrei no PL para somar e ajudar a definir o melhor para Pinhais e o estado”, afirma Marinho

Mário Marques Guimarães Neto, o Marinho, ex-vereador de Pinhais
O ex-vereador de Pinhais, Mário Marques Guimarães Neto, o Marinho, grande parceiro do Governador Ratinho Junior, desde o início do segundo mandato do governador, está na Coordenação da Região Metropolitana, na Casa Civil, onde atende diariamente demandas em todas as áreas dos municípios. Recentemente, desfiliou-se do PSD, partido presidido a nível estadual por Ratinho Junior, para ingressar no PL. A criação de um grupo político forte para as próximas eleições municipais está entre os objetivos do partido, que elabora um plano de governo para o município. Nesta entrevista, Marinho conta como tem sido sua experiência em cinco anos no Governo do Estado e quais seus planos futuros na política

A Gazeta Região Metropolitana: Desde o início deste segundo mandato do governador Ratinho Junior, o senhor está na assessoria da Casa Civil. Quais as atribuições do seu cargo?

Mário Marques Guimarães Neto, Marinho: Sou coordenador da Região Metropolitana. Tenho atendido aos municípios e seus representantes em demandas de todas as áreas, como: saúde, infraestrutura, educação. Minha função é fazer uma ponte entre prefeituras e o Governo do Estado, atendendo as demandas dos municípios, que são muitas. Os municípios sempre precisam do apoio do Estado em diversas áreas da gestão.

A Gazeta: Quais as principais demandas apresentadas pelos prefeitos da Região Metropolitana?

Marinho: Entre as mais recorrentes, estão as da área de saúde. Esta é uma área em que sempre são crescentes as necessidades. Depois da pandemia, a saúde pública passou a lidar com novos desafios, a exemplo de tratamentos das doenças pós-Covid-19. Verbas para infraestrutura também são muito solicitadas, a exemplo de pavimentação, calçadas, ciclovias.

A Gazeta: Como tem sido sua experiência desde que começou a trabalhar no Governo do Estado? O senhor está no Governo do Estado desde o primeiro mandato, quando nomeado para o Detran-Pr, não é?

Marinho: Sim, fiquei três anos na Diretoria de Gestão e Escola Pública de Trânsito do Detran. Depois, seis meses na Invest Paraná e, desde o segundo mandato, estou aqui na Casa Civil. Tem sido extremamente proveitosa. Tenho aprendido muito no Governo do Estado, sobre gestão pública e muitos outros assuntos relacionados a administração pública. Vendo o governador trabalhar, acompanhando seu estilo de governar e fazer política, verificando os grandes avanços trazidos ao estado, aos municípios, tem sido um grande aprendizado. O governador tem como característica fundamental atender a todos os municípios igualmente, sem distinção entre partidos e posições político-ideológicas. Uma das marcas do governo é a competente política de atração de investimentos, o que colocou o nosso estado na posição de quarta economia do país, superando o Rio Grande do Sul. Nosso PIB cresceu 8,6% no primeiro semestre deste ano. Alcançamos a menor taxa de desemprego do país, caindo para só 5%. Os investimentos em infraestrutura logística têm sido históricos, com obras fundamentais, que a população aguardava há muito tempo: rodovias, estradas, pontes, obras realmente estruturais. Os resultados na área de Educação também são notórios, atingindo o melhor Ideb do país. Todos esses avanços projetam o Paraná a nível nacional. Inclusive, nossa população cresceu em 1 milhão de habitantes desde o primeiro mandato do Ratinho Junior. Nas recentes enchentes no estado, tem prestado toda assistência, anunciando até R$30 milhões em investimentos aos municípios afetados, sendo que liberou, de imediato, R$ 1,3 milhão. Além de ter providenciado a acolhida, na rede hoteleira, da população desabrigada de maior vulnerabilidade, a exemplo de idosos, gestantes, deficientes, acamados.

A Gazeta: O senhor acaba de ingressar no PL, tendo se desfiliado do PSD, partido presidido, a nível estadual, pelo governador Ratinho Junior. Qual o motivo da troca de partido?

Marinho: Foi a convite do PL, que está bem montado em Pinhais e tem um projeto para a gestão municipal, futuramente. Vamos montar chapa para vereador, para as próximas eleições municipais e possivelmente lançar candidatura à Prefeitura de Pinhais. Apresentaram-me um projeto para Pinhais e com o qual me identifiquei. Considero o melhor para Pinhais e me sinto preparado para uma candidatura a Prefeito depois de cinco anos no Governo do Estado. Assim, coloquei meu nome à disposição para uma eventual pré-candidatura a Prefeito de Pinhais. Afinal, nasci, cresci e sempre morei em Pinhais, há 47 anos. Fui vereador no município por dois mandatos consecutivos, de 2004 a 2012. Em 2010, fiz 8 mil votos para deputado estadual, pelo PSC. Por que não apresentar algo novo para o município, depois de quinze anos de um mesmo grupo político no poder? Se houver mais uma reeleição, serão vinte anos de continuidade. Sempre defendi a alternância de poder, considero benéfico a qualquer gestão. Mas, é apenas uma possibilidade aventada. Somente nas convenções partidárias, no ano que vem, haverá uma definição. Se um outro nome aparecer, posso abrir mão. Tudo vai depender de como serão os acordos e apoios a serem definidos em 2024. Meu propósito é somar com o grupo e ajudar a definir o que será melhor para o partido e para Pinhais.

A Gazeta: Se lançar candidatura à Prefeitura de Pinhais, o que o senhor destacaria no Plano de Governo a ser apresentado ao eleitorado?

Marinho: Estamos elaborando, no PL, um novo projeto para Pinhais. Tenho gostado da proposta. Certamente, as melhorias dos investimentos em saúde pública seriam um dos pontos a destacar. A saúde sempre apresenta desafios crescentes e tem muito a melhorar. Também, mais infraestrutura nos bairros, principalmente em vias secundárias, com mais viaturas, iluminação, calçadas, sinalização, roçadas em terrenos baldios. Tenho visto, também, muitas pessoas em situação de rua na cidade e, que eu saiba, não há uma política pública para essa população. Quero montar um projeto de governo inspirado no que tenho aprendido no Governo do Estado. Pinhais tem um comércio forte, conta com muitas empresas. Uma política de atração de investimentos que vá além de facilitação para alvarás e um apoio maior ao empresariado local, aos comerciantes e empreendedores, de forma mais consistente, também é um ponto a considerar.

A Gazeta: E quanto a obra do novo Hospital, em Pinhais, qual sua avaliação?

Marinho: É um projeto da Prefeitura, com recursos federais, em especial, e estaduais financiados, além da contrapartida municipal. A gestão ficará com a iniciativa privada. Mas, trata-se de um Hospital para atender ao SUS de todo o estado. O usuário de Pinhais continuará na fila da Central de Leitos do estado. Não será exclusivo para atender a Pinhais. Uma alternativa seria investir em ampliação do que já existe a nível municipal criando-se convênios para o Hospital e Maternidade, por exemplo. Enfim, Pinhais conta com um orçamento de R$700 milhões, com previsão de crescer para R$1 bilhão em 2024. É a décima arrecadação de todo o estado e é o menor município em extensão geográfica. Dá para fazer muito mais com todo esse orçamento. Principalmente, quando se conta com o excelente quadro de servidores do município.

A Gazeta: O senhor conta com a expectativa de receber apoio do governador, que é presidente estadual do PSD, partido que o senhor acaba de se desfiliar, caso sua candidatura à Prefeitura seja lançada?

Marinho: Com certeza, é muito cedo para criar expectativas. O PL é da base do governador na Assembleia, jamais faria oposição. Fui para o PL para montar nosso grupo e poder viabilizar minha candidatura. E porque me apresentou o melhor projeto para a gestão de Pinhais. No PSD não haveria espaço para minha candidatura. Quando estava na presidência do PSD, a deputada Marli Paulino e o Luizão me procuraram para lançarem a Marli como candidata à reeleição à Prefeitura de Pinhais pelo partido. Na época, não tinha intenção de ser candidato. A Marli, então, foi para a presidência do PSD e, quando se desfiliou para ingressar no Solidariedade, voltei para a presidência do PSD.

A Gazeta: Há possibilidade do PL vir apoiar a candidatura à reeleição da prefeita Rosa Maria?

Marinho: Estamos abertos a conversar com todos os partidos, sempre considerando o que for melhor para a cidade. Sempre fui do diálogo e não tenho inimigos políticos em Pinhais. Além da prefeita, outro pré-candidato é o vereador Renan Ceschin, do PODEMOS, e acredito que o PT e o MDB venham lançar candidaturas próprias, também.

A Gazeta: O governador sempre manteve uma relação muito próxima a Pinhais, desde os mandatos de deputado. E o senhor tem sido muito próximo ao governador há muitos anos, mantendo uma amizade e parceria política desde 2005. Essa proximidade entre vocês facilita o atendimento às demandas de Pinhais?

Marinho: Conforme mencionei, o governador, desde o início do primeiro mandato, tem atendido a todos os municípios do Paraná, igualmente, sem discriminações por causa de diferenças políticas e ideológicas. E Pinhais tem sido um município muito bem contemplado pelo Ratinho Junior com emendas desde que ele era deputado. E, agora, também, como governador. Recentemente, o município recebeu um aumento expressivo no efetivo de policiais militares, inclusive.

A Gazeta: O PL é o partido do ex-presidente Bolsonaro. Uma eventual candidatura colocaria a questão ideológica em evidência?

Marinho: O PL também me atraiu por questões ideológicas. Mas defendo que se deve governar para todos. Não apenas para a direita ou esquerda. É preciso saber contemplar a muitas demandas que possam vir da esquerda ou direita, buscando um consenso. Essa política de militância ideológica, de ativismo, gera muita desunião, dificuldades na governabilidade. Não agrega nada entrar na briga ideológica, puramente. Isso não traz resultados sem obter a governabilidade.

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