Há muito tempo as TVs não servem “apenas” para exibirem os canais regulares. Hoje em dia, esses aparelhos de televisão estão sendo substituídos por sucessores “inteligentes”, que podemos usar para streamings de vídeo e áudio, jogar, navegar, baixar e usar aplicativos – tudo graças à sua conexão com a Internet. Pensando nisso, a ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças, explica a importância de se proteger contra vírus nas Smart TVs e dá dicas para isso.
Um levantamento da Associação Nacional de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) mostra que em 2020 foram vendidas mais de 12.600 Smart TVs, representando 97,7% do total de vendas no período. Em comparação, em 2019, as vendas corresponderam a 91,7%. A pandemia e a exigência de isolamento social também incentivaram o aumento da procura por esses equipamentos com capacidade para os aplicativos streaming, seja para acompanhar séries, filmes, shows, podcasts ou outras plataformas.
Toda essa procura por parte dos consumidores atrai também os olhares maliciosos dos cibercriminosos, que perseguem um objetivo claro com suas campanhas maliciosas: a geração de dinheiro. Ou seja, eles buscam por informações para vender, dados que permitam extorquir as vítimas, equipamentos para sequestrar ou até a capacidade interna de processamento das TVs para utilizar em outros golpes. As TVs inteligentes têm todos esses recursos, o que as torna um alvo atraente.
Embora os ataques à Smart TVs não sejam comuns, isso não significa que nenhum caso tenha sido registrado. Muitos desses dispositivos são inseguros devido a características da configuração de fábrica, principalmente como resultado da falta de consideração sobre os aspectos de segurança durante a fase de projeto e fabricação dos dispositivos. Em 2019, por exemplo, o FBI alertou sobre os riscos de segurança associados às TVs inteligentes.
Arsenal de Ferramentas
Os atacantes possuem um arsenal de ferramentas que podem usar de forma conjunta para executar códigos maliciosos no ambiente da vítima. Engenharia social, exploração de vulnerabilidades, configurações ruins, ataques físicos e malwares são técnicas utilizadas para ganhar o controle do equipamento.
Em várias ocasiões, uma vez comprometida, uma TV com acesso à Internet pode servir como ponto de partida para ataques a outros dispositivos na mesma rede, tendo como foco principal a informação pessoal do usuário armazenada em alvos mais atraentes, como PCs ou notebooks.
Embora as vulnerabilidades sejam corrigidas por meio de atualizações de fábrica, muitas TVs continuam sendo encontradas em espaços vulneráveis, como em locais onde podem ser acessadas fisicamente por terceiros, por exemplo, na sala de espera de um escritório ou em uma sala de estar. Nesses casos em particular, as portas USB podem ser usadas para executar scripts maliciosos ou explorar vulnerabilidades.
“Na ESET, sempre alertamos sobre a importância de manter os dispositivos atualizados visto que os fabricantes, de tempos em tempos, corrigem vulnerabilidades que surgem com o decorrer do uso das TVs. Estar atento a como os criminosos agem pode fazer com que o usuário esteja sempre à frente e protegido contra novas ameaças”, pontua Daniel Cunha Barbosa, especialista em segurança da informação da ESET.
Como dica de proteção, além de instalar atualizações lançadas pelos fabricantes, bem como desenvolvedores de aplicativos instalados na TV, outras recomendações para manter a segurança das TVs inteligentes são: usar uma solução de segurança (antivírus) contra ameaças às TVs inteligentes, rever todas as configurações do aparelho para evitar deixar as portas abertas e analisar as políticas de privacidade, permissões de dispositivos e aplicativos para descobrir, entre outras coisas, quais informações são coletadas e como serão utilizadas. Além disso, estar sempre atento às TVs que podem ser acessadas por terceiros.
Para saber mais sobre segurança da informação, entre no portal de notícias da ESET: https://www.welivesecurity.com/br/