No último dia 27, quinta-feira, a Prefeitura de Curitiba chamou representantes dos hospitais e dos setores produtivos para discutir o enfrentamento da pandemia na cidade. O presidente do Legislativo, Tico Kuzma (Pros), e os vereadores Noemia Rocha (MDB) e Marcelo Fachinello (PSC), da Comissão de Saúde, participaram da reunião, que antecedeu o retorno da capital do Paraná à bandeira vermelha. “É um momento terrível. Devemos redobrar os cuidados”, alertou Kuzma, na segunda-feira (31), durante a sessão plenária.
“Precisamos redobrar os cuidados, continuar usando as máscaras, lavando as mãos e mantendo o distanciamento social. Talvez seja o pior momento da pandemia em Curitiba e no nosso Estado. É preciso ampliar os testes e adiantar os resultados para que as pessoas contaminadas fiquem em isolamento social. Temos que acelerar a vacinação”, disse Tico Kuzma, lembrando que a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) já inquiriu o Ministério da Saúde sobre o Paraná ter recebido menos vacinas que o Rio Grande do Sul.
CENÁRIO COMPLEXO
“A CMC não deixou e não deixará de cumprir seu papel institucional, buscando soluções, discutindo, aprovando e encaminhando sugestões à Prefeitura de Curitiba”, garantiu Kuzma. No mesmo sentido, Noemia Rocha, que preside a Comissão de Saúde, pediu união da sociedade diante do agravamento da pandemia na cidade. “O cenário é complexo. O pior desde o início da pandemia. A gente tem sensibilidade à questão do comércio, mas este é um momento crucial e o impacto à vida precisa ser considerado. Não há leitos”, ponderou. “Eu sou oposição a esse prefeito, mas não dá para pensar em base e oposição, em representação de segmento”, rogou Noemia Rocha.
Vice-presidente da Comissão de Saúde, Fachinello relatou que os diretores de hospitais particulares, na reunião, é que alertaram para a situação enfrentada pela cidade. “Ninguém quer ter que escolher quem será atendido, quem é que vai receber a medicação correta”, relatou o parlamentar. Os vereadores apontaram que não falta recursos, segundo o Executivo, para comprar insumos, mas a capacidade de abastecimento dos fornecedores é que tem se mostrado abaixo da demanda. Nori Seto (PP), que havia cobrado reunião da prefeitura com a sociedade antes dos decretos, pediu que a atitude continue, “que o diálogo seja mantido”.