“É um grande avanço”, diz Romanelli sobre projeto que proíbe cigarros eletrônicos no Brasil

“É um grande avanço”, diz Romanelli sobre projeto que proíbe cigarros eletrônicos no Brasil

Deputado Luiz Claudio Romanelli
Câmara aprova projeto que proíbe cigarros eletrônicos em todo o Brasil. A medida, que segue agora para análise na CCJ, visa combater os riscos à saúde associados ao uso desses dispositivos e coibir a prática, já proibida em diversos estados

O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSD) destacou no dia 23, quinta-feira, a aprovação por parte da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados do projeto de lei que proíbe a fabricação, a importação, a comercialização, o armazenamento, o transporte e a propaganda de cigarros eletrônicos. O texto também proíbe expressamente o consumo dos dispositivos eletrônicos (DEFs) de fumar em ambientes de uso coletivo, público ou privado, mesmo os parcialmente abertos.

“Este projeto foi aprovado em dezembro é um grande avanço. Em 2009, aprovamos no Paraná a lei antifumo que proíbe a utilização de qualquer dispositivo, como o cigarro eletrônico, que possa simular o cigarro. A fumaça que é expelida é tão cancerígena quanto a fumaça do cigarro. A lei já proíbe e é necessário que os usuários sejam coibidos dessa prática”, disse o deputado, autor do projeto da lei estadual.

De acordo com a lei antifumo estadual (16.239/2009), está proibido no Paraná, em ambientes de uso coletivo, total ou parcialmente fechados, públicos ou privados, o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, que produza fumaça e o uso de cigarro eletrônico.

 

Na Câmara

O projeto aprovado na comissão, transforma em lei a proibição atualmente prevista em duas resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Além da proibição, a Anvisa ressalta a necessidade de ampliar a conscientização da população, especialmente dos jovens, sobre os riscos à saúde decorrentes do uso de cigarros eletrônicos.

Em agosto de 2024, entidades médicas, entre elas a Associação Médica Brasileira e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia divulgaram uma nota alertando para problemas de saúde associados ao tabagismo. Além de câncer e doenças respiratórias e cardiovasculares, as entidades destacam que os DEFs desencadearam o surgimento de nova doença chamada de Evali (sigla em inglês para lesão pulmonar associada ao uso de vapes e pods).

Apesar de a venda ser proibida, dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil. E, segundo a Organização Mundial da Saúde, o uso é maior entre adolescentes de 13 a 15 anos.

O projeto segue agora para análise e votação, em caráter conclusivo, na Comissão de Constituição e Justiça.

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