Representante da Região Metropolitana de Curitiba no Congresso Nacional, o ex-Prefeito de Pinhais espera que o sistema seja aperfeiçoado e que ocorram licitações
O anúncio feito pelo Governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD) sobre o subsídio ao Sistema Integrado que atende o transporte coletivo da Região Metropolitana de Curitiba agradou agentes públicos que vêm defendendo essa bandeira por longa data. Um dos mais entusiasmados com esse tema é o Deputado Federal Luizão Goulart (PRB). Na época em que era prefeito e presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba – Assomec, o atual parlamentar enfrentou vários embates com o governo Beto Richa (PSDB) e cobrou uma solução definitiva por parte dos órgãos responsáveis.
O valor do subsídio e de obras para o transporte público anunciado pelo Governo Estadual será de R$ 150 milhões. Com isso, o reajuste da tarifa do transporte coletivo será de apenas 3,70%, valor abaixo da inflação no acumulado de fevereiro de 2019. Os recursos garantirão tarifa social de R$ 4,50 para capital e linhas integradas das cidades vizinhas.
“Essa sempre foi uma luta nossa, mas, infelizmente, a cada virada de ano vivíamos uma verdadeira ‘novela’, principalmente quando o prefeito da capital e o governador eram de lados opostos da política”, lembrou Luizão. O deputado ainda reforçou: “O governador Ratinho Júnior está de parabéns pela sensibilidade e coerência, pois todos sabem que a manutenção do subsídio diante do sistema que temos hoje é essencial”.
Luizão Goulart foi prefeito de Pinhais durante oito anos (2009-2016). Na época se destacou como gestor e terminou seu mandato com mais de 94% de aprovação – dados do Paraná Pesquisa. Sua experiência lhe trouxe legitimidade para discutir os problemas da Grande Curitiba e buscar soluções duradouras para áreas que dependem de integração, como é o caso do transporte coletivo. “O desafio agora é aperfeiçoar o sistema de transporte coletivo tornando-o mais atrativo; integrar mais municípios e licitar as linhas metropolitanas”, destacou.
NOVA TARIFA
As tarifas começam a valer no dia 28, para Curitiba, Colombo, São José dos Pinhais, Pinhais, Almirante Tamandaré, Quatro Barras, Campo Largo, Araucária, Fazenda Rio Grande e Campina Grande do Sul. Além disso, o subsídio possibilitou ainda o congelamento da tarifa nos municípios mais distantes da capital e que por consequência pagam os maiores valores, como Mandirituba, Quitandinha, Contenda, Agudos do Sul, Bocaiúva do Sul, Contenda, Itaperuçu e Rio Branco do Sul.
NOVAS INTEGRAÇÕES
O subsídio para o transporte possibilitará a integração de quatro importantes linhas. A primeira delas é a I20-COLOMBO/SÃO JOSÉ, que passará a atender o terminal do Centenário, no Cajuru, proporcionando ligação com os terminais Pinhais, Maracanã e com o Centro de São José dos Pinhais. A segunda será a extensão da linha O31-QUATRO BARRAS/STA. CÂNDIDA, que atenderá o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, a partir do terminal do Santa Cândida. A terceira, será a Hospital do Rocio, em Campo Largo, com conexões através do ligeirinho que parte do terminal Campina do Siqueira, em Curitiba. A quarta, a linha 690-VILA JULIANA, contemplará o bairro Campina da Lagoa, mais precisamente a Vila Tupi, proporcionando ligação direta com o terminal do Pinheirinho, em uma parceria entre Comec, Prefeitura de Curitiba, URBS e Prefeitura de Araucária, que subsidiará o aumento de frota da linha alimentadora.
INVESTIMENTO
Dos R$ 150 milhões investidos pelo governo do Paraná, R$ 40 milhões serão destinados a Curitiba e R$ 110 milhões para a Região Metropolitana. A contrapartida da capital será em novas integrações e criação de faixas exclusivas – nas Avenidas Victor Ferreira do Amaral, Comendador Franco e Cândido de Abreu, além da Rua João Negrão, por exemplo.