Curitiba aparece em primeiro lugar, entre as capitais brasileiras, em um estudo sobre desenvolvimento socioeconômico.
Segundo dados da nova edição do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – que tem como base dados referentes a 2013 -, a cidade obteve pontuação de 0,8618 e lidera um grupo de oito capitais que apresentam alto índice de desenvolvimento, com nota acima de 8.
Criado em 2008, o IFDM acompanha o desenvolvimento socioeconômico dos municípios brasileiros, a partir da avaliação de três áreas principais: educação, saúde e emprego e renda.
No levantamento de 2014, que tem como referência dados de 2012, Curitiba aparecia em terceiro e agora sobe para primeiro, na frente de São Paulo e Vitória. Na pontuação geral, que leva em conta os mais de 5 mil municípios brasileiros, a capital paranaense aparece em 45.º lugar.
De acordo com o estudo, enquanto a maior parte das capitais apresentou redução no IFDM Emprego e Renda, Curitiba registrou crescimento de 4,3% neste indicador. Com uma variação positiva de 1,4% no índice geral. Em educação, a cidade obteve nota 0,8437 e 0,9618 em saúde.
São Paulo registrou pontuação geral de 0,8492 e manteve a segunda colocação, com leve variação negativa em relação à medição anterior (-0,3%), por conta da queda na vertente Emprego e Renda. Vitória (ES), com 0,8421 ponto, ocupa o terceiro lugar e Florianópolis, primeira colocada em 2012, caiu para a quarta posição, com 0,8339.
Foram avaliados 5.517 municípios, que abrigam 99,8% da população.
O IFDM também aponta a Região Sul como a mais desenvolvida do país. Quase a totalidade dos municípios da região (96,8%) estão classificados com desenvolvimento moderado ou alto, em contraste com os 68,1% observados a nível nacional. Os três estados do Sul apresentam um desenvolvimento socioeconômico homogêneo: no Paraná, o porcentual de cidades com pontuação alta ou moderada no IFDM é de 96,0%; 96,3% no Rio Grande do Sul e 98,6% em Santa Catarina.
Desde 2013, a Prefeitura de Curitiba vem priorizando programas que levem em conta a melhoria da condição de vida de seus moradores, principalmente os economicamente mais vulneráveis. “Apesar de todas as dificuldades econômicas, aumentamos nossos investimentos nas áreas sociais, como educação, saúde, programas para os microempreendedores, sempre visando uma Curitiba mais humana. O estudo da Firjan aponta o início do resultado deste trabalho e a nossa expectativa é que os próximos relatórios mantenham essa boa posição da cidade”, disse o prefeito Gustavo Fruet.
Mais acesso
Na área da saúde, desde o início da atual gestão, dez unidades de saúde tiveram horário de atendimento ampliado, até 22 horas, para que aqueles que trabalham possam procurar consultas médicas, vacinação e tratamentos odontológicos, além das consultas de enfermagem.
Ainda em 2013, a Prefeitura lançou o programa Consultório na Rua, aproximando os serviços de saúde a pessoas em situação de rua, dando cidadania e dignidade. Já em 2013, vários equipamentos de saúde foram reformados, medida que teve continuidade nos anos seguintes. Ao todo, 99 das 109 unidades básicas de saúde de Curitiba devem ser revitalizadas até o final de 2016, com investimento total de R$ 5,1 milhões. Dessas, 55 já tiveram os trabalhos concluídos e 12 estão para ser finalizadas. Neste ano, foram concluídas as construções e entregues à população as unidades Coqueiros, Sabará e Xaxim.
A Educação do Município vem sendo reforçada a cada ano, com a valorização dos profissionais e aumento dos recursos. Em 2016, o valor destinado à educação terá nova expansão: o investimento na área de 30% das receitas usadas no cálculo do índice constitucional. Dessa forma a capital paranaense irá superar em cinco pontos porcentuais a destinação mínima prevista na Constituição Federal, que é de 25%.
Entre os principais investimentos, estão a ampliação da rede de Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), quadras esportivas, valorização dos servidores por meio dos novos planos de cargos e salários e a universalização do acesso à rede para crianças de 4 e 5 anos. Outra iniciativa prioritária é a consolidação do Projeto Equidade, que prevê estratégias diferenciadas para cada realidade, de forma a minimizar fatores capazes de dificultar o percurso escolar das crianças.
Para estimular oferta de trabalho e renda, a Prefeitura vem realizando mutirões de emprego e programas de orientação e crédito para micro e pequenos empreendedores.
Implantado em 2013, o Sine Móvel da Prefeitura de Curitiba ultrapassou 6,5 mil atendimentos em dois anos, sendo destes 1.087 encaminhamentos para entrevistas de emprego. O programa, gerenciado pela Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego, utiliza uma van para levar o serviço aos trabalhadores a todas as regionais da cidade, que podem ter acesso a pesquisas e encaminhamentos de vagas, emissão de Carteira de Trabalho, cadastros novos e obter informações de como conseguir o emprego.
Já a Agência Curitiba vem oferecendo cursos de capacitação para micro e pequenos empreendedores e descentralizou seu atendimento, com a criação, desde 2013, dos Espaços Empreendedores.
Os números de atendimentos tem aumentado consideravelmente. Antes da implantação do programa Curitiba Empreendedora, no ano de 2012, os escritórios da Agência Curitiba realizaram 10.409. Em 2013 foram prestados 24.573 atendimentos e em 2014 foram mais 37.077 atendimentos – entre informações, formalizações, capacitações, oferta de microcrédito e outros. Este ano, até o final de novembro, foram 61.420 atendimentos.
Curitiba possui cinco unidades do Espaço Empreendedor: Pinheirinho, Boa Vista, Fazendinha-Portão, Santa Felicidade e CIC, além dos escritórios descentralizados da Agência Curitiba nas Ruas das Cidadania do Boqueirão, Cajuru e posto de atendimento no Tatuquara.
