O consórcio é uma modalidade de aquisição que vem se destacando diante da restrição de crédito e do cenário econômico. Mais conscientes da necessidade de planejar suas finanças, muitas pessoas vem optando pelo consórcio para programar a aquisição dos seus bens. Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) revelam alta de mais de 8%, tanto em participantes ativos, quanto em volume de créditos comercializados neste ano, se comparado ao mesmo período de 2014.
Mas junto com esse avanço nos negócios, aumentam também as ofertas tentadoras. Por isso, a Racon Consórcios alerta para alguns cuidados que devem ser observados no momento da escolha e da aquisição da cota. “A primeira medida deve ser verificar se a empresa de consórcio está autorizada pelo Banco Central, isso pode ser visto no próprio site da instituição. Outro aspecto é esclarecer todas as dúvidas sobre o funcionamento do consórcio. É importante também investigar com atenção a oferta de cotas contempladas, assegurando-se da situação junto à Administradora responsável”, ressalta Cleber Sanguanini, gerente comercial da Randon Consórcios.
O consórcio é baseado na união de pessoas que formam uma poupança em comum, com objetivo de adquirir bens, tem juro zero e menor custo financeiro se comparado a outras modalidades de crédito. Sanguanini explica que, no consórcio, as pessoas autofinanciam a aquisição dos seus bens em grupos, o que torna a modalidade mais econômica. “Além disso, o consórcio estimula a disciplina financeira, já que funciona como uma poupança programada”, ressalta.
A pluralidade do consórcio é o que mais está atraindo consumidores. Ao mesmo tempo em que ele possibilita o parcelamento integral dos bens, tem flexibilidade no prazo e no valor das parcelas. Além disso, apesar do tempo de duração do consórcio, que pode chegar até 180 meses, quem desejar, pode dar um lance para tentar conquistar sua carta de crédito antecipadamente ou pode aguardar pela contemplação por sorteio, que acontece ao longo da vigência do grupo.
Outra vantagem refere-se às possibilidades de uso do crédito no ato da contemplação: o consorciado de veículos pode optar pela marca e modelo desejados, sejam novos ou seminovos; o consorciado de imóveis pode comprar a casa própria, construir ou reformar, adquirir terrenos ou salas comerciais. “Tudo isso com poder de negociação à vista, possibilitando negociar bons descontos”, destaca Sanguanini.
No consórcio imobiliário, o consorciado também tem a possibilidade de utilizar o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS). “Ele pode complementar o valor da carta de crédito, quitar parte das prestações do consórcio ou liquidar o saldo devedor”, explica. Outra informação importante é que o consorciado de imóveis pode usar parte do valor da carta de crédito para pagar emissão de certidões, impostos e despesas no cartório.
Quem procura o consórcio?
O perfil dos consorciados varia, há o casal que quer poupar dinheiro para comprar a casa ou o carro novo ou aquele pai que quer juntar dinheiro para presentear o filho. Solteiros que não tem pressa em morar sozinhos também são grandes investidores no consórcio. Há também os grupos que querem fazer uma reserva para comprar uma casa na praia ou no campo e ampliar o patrimônio. As idades variam e os objetivos de compra também, mas como o consórcio se adapta para vários tipos de orçamento e de necessidades de consumo, a modalidade agrada a grande maioria.
