Contra o crime organizado, governadores aderem ao Plano Nacional de Segurança

Contra o crime organizado, governadores aderem ao Plano Nacional de Segurança

 

Nove governadores do Norte e do Centro-Oeste formalizaram na quarta-feira, dia 18, compromisso com o Plano Nacional de Segurança Pública. O pacto prevê a colaboração dos estados com a União para redução de homicídios, modernização do sistema penitenciário e combate ao crime organizado, em especial o tráfico de drogas e armas.

No encontro com o Presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, os governadores também concordaram com a possibilidade de as Forças Armadas realizarem inspeções para buscas de drogas, armas e celulares em presídios. “Hoje nós damos um passo importantíssimo para a aplicação concreta do Plano Nacional de Segurança”, disse Moraes.

O plano anunciado pelo governo começa em Aracaju (SE), Natal (RN) e Porto Alegre (RS) na segunda quinzena de fevereiro. Na sequência, deve ser estendido para Amapá, Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Como foco principal, o combate do narcotráfico e outros crimes transnacionais.

Pelo planejamento do governo, serão instalados núcleos de inteligência em todos os estados. A Força Nacional de Segurança atuará em conjunto com as polícias locais em áreas mapeadas de maior incidência de homicídios e agressões contra mulheres. Em paralelo, o plano prevê medidas para tentar reduzir a superpopulação carcerária com penas alternativas. “O Brasil prende muito, mas prende mal”, afirmou Moraes.

Recursos

Após a reunião, o governador de Mato Grosso, Pedro Taques, reafirmou a importância da utilização das Forças Armadas para ações de revista nos presídios e apontou outras medidas que os governadores apresentaram ao presidente. Ele ressaltou que a União “aumentou bastante” o repasse de recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) para construção de presídios e compra de equipamentos.

Em dezembro passado, o Governo Federal liberou R$ 1,2 bilhão do fundo para os estados. De acordo com o Ministério da Justiça, outros R$ 2,2 bilhões serão enviados até junho deste ano.

Outra preocupação comum aos governadores é o combate ao crime organizado na fronteira. Eles apontaram a importância de participação do Ministério das Relações Exteriores em fazer gestões sobre o tema juntos aos países vizinhos.

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