O projeto de parceria entre a Sanepar e a empresa japonesa Kyowa Kako Co., que visa o tratamento do lodo de esgoto e sua transformação em composto agrícola orgânico, recebeu a visita do cônsul adjunto do Japão, Rei Oiwa, no dia 21, sexta-feira. Por meio dessa parceria, a Sanepar está utilizando um composto produzido no Japão como rota alternativa para tratamento do lodo de esgoto. Uma equipe de técnicos japoneses está trabalhando na operação do sistema em Curitiba com acompanhamento e monitoramento de técnicos da Sanepar.
O processo, patenteado pela empresa japonesa, faz a compostagem acelerada de resíduos orgânicos em condições controladas (compostagem hipertermofílica aerada), com o uso de microrganismos ativadores. Esse método possibilita que se alcance patamares térmicos capazes de higienizar o lodo sem a aplicação de produtos químicos ou qualquer outro material orgânico, como podas de árvores. Outra vantagem é a redução significativa do tempo de tratamento do lodo, que ocorre em menos de 45 dias.
Projeto piloto
A Kyowa Kako utiliza esse processo em 44 plantas de compostagem em todas as regiões do Japão e em uma nas Filipinas. O projeto piloto desenvolvido na Sanepar terá a duração de 24 meses. A Sanepar desenvolveu uma estrutura com baias na ETE Belém para fazer o experimento com o composto que chegou do Japão e está sendo utilizado desde o início de junho.
O cônsul adjunto Rei Oiwa foi recebido na sede da Sanepar pelo diretor-presidente da Companhia, Wilson Bley, pelo diretor de Negócios e Inovação, Anatalicio Risden Junior, e pelo especialista em Pesquisa e Inovação da Sanepar, Gustavo Possetti. O cônsul foi conhecer o projeto-piloto na ETE Belém. Ele estava acompanhado do vice-diretor de Negócios no Estrangeiro da Kyowa Kako, Kiyonori Nakamura, do parceiro brasileiro da Kyowa, Marcos Vargas, e do assessor da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Paraná (SETI) Paulo Schmidt.