Conheça os cinco erros comuns na conservação da pintura do seu carro

Conheça os cinco erros comuns na conservação da pintura do seu carro

conservação da pintura do seu carro
Confira as orientações de profissionais para não colocar a pintura do seu carro numa roubada

Zelar pela pintura do carro é um dos principais pontos que chamam a atenção dos seus proprietários. Com os cuidados certos, a pintura do carro resiste muito mais e garante o brilho e a aparência original. No entanto, o contrário também vale: usar produtos que não são apropriados para a lataria do automóvel ou estar desatento a algumas situações pode comprometer a estética automotiva.

Confira novas dicas dos profissionais da PPG para não se arriscar com produtos caseiros e evitar prejuízos e surpresas desagradáveis.

 

1 – Lavar o carro com a lataria quente

Um cuidado frequentemente negligenciado na hora de lavar o carro é começar o serviço com a lataria quente. O problema é que a superfície aquecida acelera a secagem da água e do sabão, e isso “pode” manchar a pintura. Espere a superfície metálica esfriar. Esse é um cuidado que você talvez não saiba ou tenha esquecido voltando de uma viagem, mas que não custa nada. A coisa certa a fazer é muito simples: lave o carro novamente com sabão adequado e, se ainda assim a mancha não sair, o ideal é efetuar o enceramento do veículo.

 

2 – Que tal um banho de óleo diesel na pintura?

Óleo diesel é uma ideia ruim para remover sujeira grossa fortemente aderida a superfícies, mas, quimicamente, funciona. Se o seu carro ou caminhão estiver extremamente sujo, faria sentido usar diesel para retirar a sujeira. O problema químico é que o diesel contém enxofre, que existe naturalmente no petróleo e não é totalmente removido durante o refino. O enxofre se liga quimicamente com o oxigênio do ar e transforma-se em óxido de enxofre (SOx) – não dá para evitar – e, logo depois, transforma-se em ácido sulfúrico (H2SO4) ao entrar em contato com a água da lavagem (ou até com a simples umidade do ar). O ácido sulfúrico é um forte oxidante e desidratante e agride as partes metálicas, dependendo da sua concentração. Isso significa que provavelmente não vai haver um problema com o capô, porque é onde melhor secamos, mas cantos de difícil acesso podem apresentar pontos de ferrugem. De resto, o ácido sulfúrico resseca as partes plásticas, como borrachas de vedação e lanternas dos faróis, além de remover a cera protetiva sobre a camada de verniz. Portanto usar diesel para limpar o carro é uma ideia que pode até funcionar mas, como o óleo de banana, é muito ruim na prática. Por isso, na hora da limpeza o recomendado é lavagem em intervalos curtos, para evitar maiores encrostamento de sujeira, e usando sabão com finalidade automotiva, desenvolvido especificamente para limpeza de automóveis.

E não menos importante: é uma péssima ideia para o meio ambiente jogar diesel na rua ou na rede de água pluvial, caminho certo para poluir rios e córregos.

 

3 – Capas exigem cuidado também

Proteger o veículo com uma capa só faz sentido para longos períodos sem uso. O simples tira e põe diário já pode causar pequenos arranhões na pintura – o excesso de cuidado, às vezes, vira um problema. O tecido da capa também precisa ser do tipo que transpira, para não reter calor e umidade.

 

4 – Encerar o carro é ótimo, mas cuidado com o equipamento a ser usado

Usar uma boa cera automotiva é excelente para manter a pintura tinindo e com cara de nova. A camada de cera valoriza a cor e realça o brilho, além de proteger o verniz de microarranhões e de ataques químicos causados por fezes de passarinhos. Só tome cuidado: se o enceramento envolver maquinário como uma politriz, fique atento para a escolha da boina. Quando usadas boinas de corte ou refino, pode haver um abrasamento (desgaste) do verniz, chegando à camada de tinta. O ideal é usar boina de espuma, indicada para lustre e acabamento.

 

5 – Usar repelente

Tem muito vídeo na Internet sugerindo usar repelente de insetos para limpar o farol de carros velhos, e as imagens parecem não deixar dúvida. Só que não. A razão química para o plástico ficar cristalino e menos amarelado nos vídeos é a presença de DEET (N,N-dietil-meta-toluamida) na fórmula de repelentes. Ele pode ser aplicado sobre a pele e mascara o cheiro humano para os insetos, mas é também um bom solvente, capaz de amolecer plásticos duros. É essa a mágica da “limpeza” dos faróis amarelados. O DEET remove a camada externa oxidada de plástico, o que, na prática, aparece como remoção da sujeira. O problema químico é que o plástico pode voltar a oxidar e a ficar turvo, sem falar no risco de se tornar pegajoso e maleável. Na verdade, o DEET pode danificar permanentemente os plásticos velhos e porosos de faróis de carros antigos. Se esse for o caso, a solução é efetuar o lixamento com grão de refinamento (1.500) e, posteriormente, realizar o enceramento com a massa de polir ACS MP02, da PPG.

Se, porém, o DEET for usado com cuidado e em veículos modernos, espalhando o líquido sobre a superfície dos plásticos com um pano umedecido, sem borrifar contra o farol, ele até pode funcionar bem sem causar nenhum prejuízo.

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