Conheça o significado de sete símbolos das festas de São João

Conheça o significado de sete símbolos das festas de São João

Celebrações remetem à antiguidade e marcavam as mudanças de estações do ano e épocas de colheita

Brincadeiras, músicas e comidas típicas, quadrilha e bandeirinhas são elementos que não podem faltar nas festas de São João. Mas como surgiu a comemoração nessa época e o que significam esses elementos?

As festas juninas têm origem pagã e ocorriam na Europa desde o final da antiguidade, sempre no solstício de verão e de inverno, para se homenagear as divindades ligadas à natureza e fertilidade. Também marcavam o início do período de colheita, o que explica a tradição ligada a bebidas e alimentos com fartura. Porém, sabe-se que, egípcios, celtas e vários povos mantinham essa tradição desde a antiguidade.

De acordo com o professor de História do Ensino Médio do Colégio Marista Pio XII, de Ponta Grossa (PR), Rodrigo Carneiro dos Santos, na Europa medieval, sobretudo, em Portugal, as celebrações do dia 24 de junho eram conhecidas como “Festas Joaninas”, ou seja, em honra a São João. Foram trazidas ao Brasil pelos portugueses, ainda no período colonial, e desde então, outros santos também ganharam espaço: a festa de Santo Antônio acontece em 13 de junho e de São Pedro em 29 de junho.

“Na Europa Medieval, esta tradição foi adaptada para o cristianismo católico e, então, passou-se a comemorar a festa de São João, ou seja, a celebração do nascimento de São João Batista, que anunciou a vinda de Jesus e batizou-o, no rio Jordão”, conta o professor Rodrigo.

Conheça os principais símbolos das festas juninas:

Fogueiras: A fogueira faz parte de uma antiga tradição, que também foi trazida ao Brasil: simboliza um agradecimento pelas colheitas, além de proteger as plantações e reunir as pessoas ao seu redor. O formato da fogueira também tem significados: a quadrada é de Santo Antônio, a redonda de São João e a triangular de São Pedro.

Dança e roupas típicas: Mais conhecidas como quadrilhas, as danças e as roupas multicoloridas marcam a alegria da festa. A dança surgiu nas cortes europeias e as mulheres usavam vestidos rodados e muito enfeitados. A origem francesa aparece até hoje em alguns passos da dança, como o “anarriê”, o “ampassâ” e o “tour”. Essa tradição foi incorporada no Brasil com tecidos coloridos, como a chita. As vestimentas mais usadas são os vestidos coloridos e tranças no cabelo para as mulheres, enquanto os homens costumam usar camisa xadrez e chapéu de palha.

Brincadeiras: Relembram e caricaturam as tradições do interior do País. As brincadeiras mais comuns são: a cadeia, pau de sebo, pescaria, correio-elegante, saltar a fogueira, argola, entre outras.

Bandeirinhas: Elas enfeitam todas as festas juninas e são indispensáveis como item de decoração. Elas surgiram para homenagear os santos padroeiros das festas juninas em um rito chamado “lavagem dos santos”. Originalmente, imagens dos santos eram colocadas nas bandeiras que, depois, eram imersas em água. Essa água servia para purificar quem se molhasse com ela.

Santo Antônio: Conhecido como o santo casamenteiro, Santo Antônio é muito procurado por quem busca se casar. Além do famoso bolo de Santo Antônio, no qual são inseridas pequenas imagens para que sejam encontradas por quem come, há a simpatia de colocar uma imagem de “castigo” (virado de ponta-cabeça) até que o desejo seja realizado.

São João Batista: Primo de Jesus Cristo, teve o nome revelado por um anjo. Segundo a tradição cristã, foi ele que anunciou a “boa-nova” da vinda do Cristo. Foi ele também que batizou Cristo no Rio Jordão. O símbolo da fogueira tem seu fundamento no seu nascimento.

Da história de São João, a cultura popular europeia retirou vários símbolos, que passaram a se mesclar com os tradicionais ritos de colheita remanescentes do culto ao deus grego, Adônis. Um dos símbolos mais importantes é a fogueira, que teria anunciado o seu nascimento.

São Pedro: Primeiro Papa e príncipe dos apóstolos, São Pedro é o guardião das chaves do céu e é considerado o padroeiro dos pedreiros, pescadores e porteiros. Sua celebração acontece no dia 29 de junho, dia que passou a ser considerado também o Dia do Papa.

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