O maior pacote de investimentos na Saúde da história do Paraná vai levar aos 399 municípios obras de reforma, construção e ampliação de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e hospitais, mais ambulâncias e veículos de apoio e transporte de pacientes, além do repasse do teto MAC para procedimentos de Média Complexidade Ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS) a todos os municípios, por meio dos Fundos Municipais de Saúde. Esses recursos do Tesouro do Estado dão fôlego para que os municípios possam lidar com as consequências da sobrecarga de dois anos de pandemia de Covid-19.
Na região Sudoeste do Estado, o município de São Jorge d’Oeste vai receber uma nova ambulância (que representa um investimento de R$ 170 mil) e mais de R$ 25 mil de repasse para o SUS. A prefeita Leila da Rocha destacou a importância do veículo ao município de quase 10 mil habitantes, que depende de transporte para levar pacientes a cidades maiores da região, como Dois Vizinhos e Francisco Beltrão.
“Nosso município possui duas ambulâncias e naquele momento forte da pandemia não tínhamos transporte suficiente para todos nossos moradores positivados. Tivemos que improvisar, colocar acrílico em carros para dividir pacientes de motoristas”, lembra a prefeita. “Essa nova ambulância dará muito apoio ao nosso município para resolver demandas cruciais da saúde”.
Na região Oeste, o atendimento em saúde de Matelândia, onde moram cerca de 18 mil pessoas, vai ser fortalecido com uma nova Unidade Básica de Saúde, duas ambulâncias e mais de R$ 52 mil de repasse para o SUS. O prefeito Maximino Pietrobon explicou que o investimento de R$ 650 mil para a nova UBS vai atender o maior distrito do município. “Estamos recebendo essa obra em um local que gera uma grande demanda por atendimento por uma empresa grande instalada. Isso vai desafogar e modernizar o atendimento à saúde”, citou.
Terceira cidade em população do Estado, com mais de 400 mil habitantes, Maringá vai receber quase R$ 1,25 milhão para os procedimentos de Média Complexidade Ambulatorial do SUS. O investimento do Governo do Estado vem ao encontro da realidade apontada pelo prefeito Ulisses Maia. “Com a pandemia, tivemos um represamento nas filas de consultas, cirurgias e exames especializados, primeiro pela suspensão dos procedimentos e, depois, pela falta de recursos. Agora o foco é tentar zerar essa fila para que a população tenha o atendimento adequado”, frisou. Maringá também foi contemplada com uma nova ambulância.
Aliviar a demanda por atendimento e cirurgias também é um resultado esperado pelos investimentos. Segundo a prefeita Adriana Cristina Polizer, de Japurá, com quase 10 mil habitantes, a ideia é acelerar o atendimento pós-pandemia. “Tudo aquilo que a gente tinha planejado e evoluído a gente teve que deixar de lado para dar conta da pandemia. Os recursos agora dão possibilidade de fazer o que desejamos”, definiu.
Japurá, na região Noroeste, vai receber R$ 200 mil para a obra de uma Unidade Básica de Saúde, R$ 27,3 mil para os atendimentos do SUS e uma ambulância. “O nosso sistema de saúde, como o de todos, ficou focado no enfrentamento da pandemia. Isso gerou a paralisação de muitas cirurgias eletivas e atendimentos. Com esses recursos do Governo do Estado, temos um gás para acelerar o que foi deixado em segundo plano, fazer a construção de uma UBS e oferecer mais veículos para atendimento. Sem os recursos, não conseguiríamos fazer isso, muito menos ao mesmo tempo”, comemorou a prefeita.
INVESTIMENTOS
Serão investidos, em detalhes, R$ 61.090.000,00 em mais de 300 ambulâncias de suporte básico; R$ 300 mil em uma ambulância tipo lancha; R$ 170 mil em uma caminhonete e quatro motos; R$ 640 mil em dois micro-ônibus; R$ 16.990.000,00 em 39 ônibus; R$ 47.440.000,00 em 274 vans para transporte de pacientes; R$ 2.810.000,00 em 44 veículos utilitários; R$ 2.230.000,00 destinados a cinco obras em hospitais (Cândido de Abreu, Cascavel, Jardim Alegre, Jaguapitã e Nova Esperança do Sudoeste); R$ 81.268.510,00 para 338 obras em UBS; e o repasse do teto MAC para os 399 municípios, com mais de R$ 30 milhões.
Os recursos estão distribuídos em todas as 22 Regionais de Saúde e vão atender as solicitações das prefeituras e o planejamento da Pasta. “É o maior investimento unificado da história em saúde. Estamos implementando de maneira definitiva a regionalização no atendimento, investindo nos bairros das cidades, na infraestrutura de atendimento. A pandemia nos ensinou que sem saúde pública a sociedade fica disfuncional”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Queremos deixar um legado para o Estado. E nada melhor do que usar os recursos públicos para investir na proteção dos paranaenses”, disse.