sexta-feira, 20 de setembro de 2024
Com Agência Francesa, Greca ressalta políticas públicas para o Caximba

Com Agência Francesa, Greca ressalta políticas públicas para o Caximba

Acompanhado da primeira-dama Margarita Sansone, o prefeito recebeu a diretora da AFD para o Brasil e a Argentina, Laetitia Dufay, e o vice-diretor de projetos Hasan Mouatadid

Em reunião com os diretores da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), no dia 17 de novembro, quarta-feira, na Prefeitura de Curitiba, o prefeito Rafael Greca destacou o caráter inclusivo e o perfil inovador e de sustentabilidade do Programa de Gestão de Risco Climático do Bairro Novo do Caximba, financiado pelo município em parceria com os franceses.

“Teremos um lugar novo e repleto de esperança de vida nova e desenvolvimento, apoiado no atendimento e na educação de gerações futuras, comprometidas com o meio ambiente. Não temos um planeta B, só temos esse planeta Terra. Temos que cuidar dele”, disse Greca.

Acompanhado da primeira-dama Margarita Sansone, o prefeito recebeu a diretora da AFD para o Brasil e a Argentina, Laetitia Dufay, e o vice-diretor de projetos Hasan Mouatadid que estão em missão na cidade. Também participaram da reunião, o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e secretário do Governo Municipal, Luiz Fernando Jamur, e o coordenador da Unidade Técnico Administrativa de Gerenciamento (Utag), Paulo Socher.

Antes do encontro com o prefeito, os técnicos franceses cumpriram uma agenda de reuniões e visitas com enfoque na abordagem de gênero e as intervenções sociais para a construção do que é hoje o maior projeto socioambiental em curso no país.

Equidade de gênero

A assessora de Direitos Humanos da Prefeitura de Curitiba, Elenice Malzoni, destacou à equipe da AFD o empenho do município pela equidade de gênero. Tudo isso, levando em conta a complexidade da obra que envolve o reassentamento e a regularização de 1.693 habitações, além da desocupação e recuperação da área de proteção ambiental dos rios Iguaçu e Barigui, também implica nas questões de gênero e o impacto do tema na preservação do meio ambiente.

“As mulheres são diretamente afetadas pelo desequilíbrio climático. Enchentes que invadem as casas em áreas vulneráveis afetam toda a rotina doméstica em que é a mulher que responde pela reorganização da dinâmica da família, desde a limpeza pós-inundação até a coleta de água em caminhões pipa que providenciam o reabastecimento”, observou Elenice.

O foco da Agência Francesa, parceira da Prefeitura de Curitiba no projeto do Caximba, com investimentos de € 47,6 milhões (euros), dos quais € 38,1 milhões da AFD e € 9,5 milhões em contrapartidas do município, é garantir que a abordagem de gênero esteja contemplada em todas as fases do projeto, tanto na rotina das empreiteiras que vão tocar as obras no local até a rede de proteção, capacitação e acolhimento da comunidade nas ações da administração pública.

“Ficamos realmente impressionados com a evolução do tema no âmbito municipal e como a administração investe esforços para desenvolver projetos, ações e programas que elevem a condição da mulher e de todas as marcações de gênero vulneráveis no território”, comentou Laetitia Dufay, diretora da AFD para o Brasil e a Argentina.

Metodologia

Para estimular essa política pública, a AFD trouxe a proposta de construir metodologias de acompanhamento das ações referentes à questão de gênero no projeto da Caximba, que podem ser levadas a todo o município.

A Agência Francesa dá suporte a diferentes projetos correspondentes aos desafios de cada território em que atua. Na Turquia, por exemplo, apesar da alta escolaridade, a mulher não se mantém no mercado de trabalho por questões culturais de cuidado familiar, como a falta de creche ou a responsabilidade pela guarda dos filhos.

No Gabão, a gravidez precoce chega a 80% das mulheres de 12 a 18 anos, o que exige suporte para evitar a cadeia de impacto negativo na vida das jovens mães. “No Caximba, vamos trabalhar para o diagnóstico preciso e ações que minimizem as dificuldades do cotidiano dessas famílias, quase 60% delas chefiadas por mulheres nas mais diversas condições de vulnerabilidade”, explicou Delphine Le Duff, chefe de equipe de projeto da AFD.

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