por Vanessa Martins de Souza
Com o avanço do novo coronavírus (Covid-19) pelo mundo, inclusive pelo Brasil, crescem as teorias da conspiração sobre o que poderia estar por detrás dessa pandemia. Uma das mais populares é a hipótese de que seria uma arma biológica da China “fabricada” no laboratório de Wuhan. Muito possivelmente, o público nunca saberá toda a verdade sobre o que se passa nos bastidores entre os poderosos, mas o que se pode suspeitar é da alta lucratividade que a pandemia pode estar gerando a certos “players” da geopolítica internacional.
China e EUA na liderança
Há quem aposte que a crise mundial provocada pelo coronavírus é a grande chance da China e os Estados Unidos finalmente se consolidarem como as duas superpotências mundiais, retirando a União Europeia da jogada. A China, provavelmente, sairá maior dessa crise, estando com a pandemia já controlada em seu território, demonstrando uma capacidade, eficiência, planejamento e racionalidade dignas das mãos de ferro próprias das ditaduras. Quanto a Trump, demorou para cair a ficha em relação à pandemia, protelando providências enquanto o número de infectados e mortos aumentam no país. Porém, durante a semana, adotou uma drástica medida para conter a disseminação do novo vírus: ordenou a suspensão dos voos de chegada de toda a Europa. À exceção da Inglaterra. Em novembro, haverá eleições presidenciais nos EUA e uma pandemia descontrolada no território norte-americano certamente colocará em sério risco sua reeleição. O sistema de saúde norte-americano não prevê ampla cobertura pública à população. Os hospitais não podem negar atendimento ao cidadão que não tem dinheiro para pagar a conta, porém, permanece a dívida, na maioria dos casos. Temendo um colapso financeiro nas contas públicas enquanto as bolsas de valores desabam, Trump tomou medidas que ampliam a capacidade estratégica do Estado para investimentos e proteção social. O objetivo é impulsionar médias empresas estadunidenses. Enquanto as grandes corporações globalistas e o sistema financeiro ameaçam colapsar.
“Negócio da China”
Aliás, analistas comentam que a China tenha feito um verdadeiro “negócio da China” a partir do derretimento do valor das ações do “grande capital” nas bolsas. “Crise é oportunidade”, diz o velho provérbio chinês. Aproveitou a crise para ir às compras, comprando ações enquanto estavam “em baixa”, e passando a deter ações majoritárias da indústria pesada e química de grandes corporações do ocidente. Especula-se, até, que o “lançamento” do novo vírus tenha sido proposital a fim de combater a inflação no país, pelo aumento da demanda no consumo interno. Com a pandemia, diminuiu-se o consumo interno paralelamente às grandes quedas das ações no mercado, barateando-se, assim, os preços das compras a uma gigantesca nação de mais de um bilhão de pessoas que precisam comer todos os dias, inclusive, proteínas provenientes do agronegócio, entre carne vermelha, aves, suínos, laticínios e soja. A China precisa planejar suas importações para o consumo interno com grande estratégia e antecedência, sob pena de provocar desabastecimento ou inflação.
Europa ameaçada pela pandemia
Enquanto isso, a Europa debate-se para conter a pandemia, cujo epicentro encontra-se agora localizado no Velho Continente. Quarentenas, “prisões” domiciliares generalizadas, cancelamento de eventos importantes e tradicionais, lei marcial na Itália, suspensão de voos e do turismo, arruínam a economia e ameaçam a União Europeia e os valores do Euro.
Política de “fronteiras abertas”
Coincidência ou não, o vírus apresenta taxa de letalidade muito maior entre os idosos, faixa etária muito presente na Europa. A União Europeia, que já vinha enfrentando sérios problemas com a migração de refugiados, agora, depara-se com a pandemia, ameaçando enfraquecer a economia. E a política de “fronteiras abertas” da União Europeia só fez por acelerar a disseminação do novo vírus. Na Itália, por exemplo, há um vai e vem constante de trabalhadores chineses, que trabalham para a indústria da moda de Milão. Houve um prefeito de uma cidade italiana que incentivou, até, a população a abraçar chineses para demonstrar que não há xenofobia, ostentando sua política multiculturalista, em provocação a Trump, inclusive, que fecha o cerco contra imigrantes. Talvez, não seja coincidência que o estouro da pandemia tenha ocorrido logo após a saída do Reino Unido da União Europeia, os únicos países que os EUA têm interesse em preservar minimamente na Europa. Num momento em que o Brexit finalmente foi oficializado, vem a pandemia. Num momento em que Trump e o ditador chinês digladiavam-se por questões econômicas, Wuhan entra em alerta máximo com a pandemia.
Papel geopolítico da União Europeia
Que papel geopolítico caberá à União Europeia após o fim da pandemia? Se não conseguir se reerguer, estará destinada a manter-se de turismo, transformando-se no velho “museu” do mundo, sem muito peso político e econômico. Ficando China e EUA como os grandes protagonistas mundiais. Pode parecer muito maquiavélico, mas, há os que não duvidam de que Trump e o ditador chinês teriam combinado, juntos, de ordenar soltarem o vírus, supostamente criado em laboratório, fruto de manipulação genética, para os fins aqui acima expostos. Pois, quem teria mais a perder com a pandemia seria a Europa, por sua maior população de idosos, enquanto a China, por exemplo, já aboliu sua política de filho único a fim de incentivar o crescimento da população de futuros jovens trabalhadores.