Centro Cultural Wanda dos Santos Mallmann, em Pinhais, recebe exposição Antropização

Centro Cultural Wanda dos Santos Mallmann, em Pinhais, recebe exposição Antropização

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A mostra permanece aberta à visitação até o dia 3 de outubro. As obras são do artista plástico catarinense Dilton Pacheco

Até o dia 3 de outubro, o Centro Cultural Wanda dos Santos Mallmann recebe a exposição Antropização, do artista plástico catarinense Dilton Pacheco. A visitação é totalmente gratuita e pode ser realizada de segunda a sábado. As obras trazem à tona o questionamento sobre até onde a produção do espaço, dentro dos moldes mercadológicos, vem acelerando a destruição de ecossistemas a ponto de pôr em risco a própria sobrevivência da humanidade.

Dilton Pacheco é natural de Jacinto Machado (SC), é graduado em Tecnologia em Turismo e mestre em Ciências Ambientais. “Atuei na minha área de formação até 2012. Mas quando mudei para Belo Horizonte, no início de 2013, foquei meu trabalho nas artes, algo que eu sempre gostei desde a infância. Já fiz alguns trabalhos em óleo sobre tela na década de 1990 e início dos anos 2000. Mas depois, devido ao trabalho e estudos, parei com a arte, fazendo somente alguns trabalhos digitais na área de design gráfico”, afirma.

“Quando mudei para Belo Horizonte (MG), retomei minhas atividades pictóricas com lápis de cor, retratando basicamente pets de amigos e conhecidos. Então meu trabalho passou a ser conhecido nas redes sociais e acabei sendo solicitado a fazer alguns trabalhos em tela. Foi quando comecei a pintar”, conta.

De acordo com o artista, a mostra disponível para visitação em Pinhais reúne trabalhos que buscam despertar uma reflexão a respeito da dominação do ser humano sobre a natureza. “A Antropização é a ação do ser humano sobre o meio ambiente.

Também pode ser a ação, o ato ou o resultado da atuação humana sobre a natureza, com intencionalidade de modificação, independentemente do juízo de valor que se atribua causada pelo Antropismo, escola de pensamento filosófico que considera o homem contrário a toda natureza e semelhante a Deus”, explica.

“Os subtemas expressos em cada peça, buscam um olhar crítico e reflexivo relativo aos danos causados pela severa exploração de recursos naturais, que contribui para a extinção de espécies, etnias e culturas, e de como o processo de imposição cultural demoniza culturas e religiões de menor expressão dentro do tecido social”, ressalta.

Sobre o artista

Dilton Pacheco é um artista autodidata e seu talento pelo desenho surgiu na infância vivida na roça. Entre as atividades diárias na lavoura, os poucos espaços de tempo para brincar e as atividades escolares, Dilton vivia mergulhado nos gibis e sobre os cadernos de desenho, buscando aprender algo que muito o encantava: a arte figurativa, a ilustração e os quadrinhos.

Em 1997, teve o primeiro contato com a pintura. De 2004 a 2012 fez uma pausa nas artes, dedicando-se ao trabalho e estudos em Ciências Ambientais. Em 2013, quando se mudou para Belo Horizonte, retomou a arte com trabalhos em lápis de cor e fez curso de ilustração científica na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Logo retomou a pintura em telas. Desde 2017 mora em Curitiba, PR.

O trabalho do artista é focado no figurativo realístico e o abstracionismo geométrico, onde luz, sombra e volumetria são os principais elementos de composição, permeado pela aplicação de texturas e colagens em algumas obras. As inspirações mais constantes vêm de questões ambientais e o estilo pop arte, ou arte de rua, marca forte presença em suas obras.

Serviço

A exposição Antropização fica no Centro Cultural Wanda dos Santos Mallmann até o dia 3 de outubro. O horário da visitação é de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h, sábados das 8h às 17h, na Rua 22 de Abril, 305. Mais informações pelo telefone 3912-5241.

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