Campina Grande do Sul traçou uma série de estratégias para identificação, encaminhamento e tratamento de adolescentes que sofrem depressão e outros transtornos mentais. O plano de ações foi elaborado em um encontro que reuniu diretores das escolas municipais, Cmeis e colégios estaduais, além das Secretarias Municipais de Saúde, Ação Social e Esporte, Conselho Tutelar, vereadores e líderes religiosos do município.
A reunião, realizada na tarde de segunda-feira (24/04), na Câmara Municipal, foi convocada pelo Prefeito Bihl Zanetti, preocupado com a divulgação dos casos de suicídio entre adolescentes desencadeados supostamente pelo jogo virtual Baleia Azul.
“Precisamos unir forças. É preciso falar sobre saúde mental. O problema existe e está ao nosso lado. Vamos transformar este grave problema em uma oportunidade de aprimorar a estrutura oferecida pelo município”, disse o prefeito. “Este é o momento de conscientizar com dedicação para dar mais atenção e imprimir junto aos jovens políticas públicas na área da saúde mental a fim de combater a depressão e demais doenças e transtornos”, completou. Ele também ressaltou que fará o que for possível para dar as condições necessárias para isso, desde investimentos e capacitações, até o remanejamento de funcionários.
Entre as estratégias traçadas durante a reunião estão a criação de um grupo de apoio aos adolescentes e às famílias, a promoção de palestras para os professores e o reforço no atendimento com psicopedagogos nas escolas.
Como proceder
As unidades de saúde são a porta de entrada para quem precisa de ajuda. Caso seja preciso, a unidade fará o encaminhamento ao Caps ou outro serviço especializado, de acordo com a gravidade do caso.
A Secretaria Municipal de Educação também está em alerta e orientando as equipes pedagógicas das escolas para que tomem os procedimentos cabíveis sob qualquer suspeita. O Conselho Tutelar é outro órgão capaz de dar suporte e direcionamento adequado às famílias.
Pais e responsáveis por crianças e adolescentes, principalmente na faixa etária entre 12 e 18 anos, devem conversar com seus filhos e ficar atentos aos menores sinais de mudança de comportamento.