por Jean Ceccon
Foto: Massao Ishida
Curitiba e 18 municípios da região metropolitana, entre eles Campina Grande do Sul, ficaram em quinto lugar no ranking geral de competitividade elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O estudo, conduzido em parceria com o jornal britânico Financial Times e batizado de “Perfil da Competitividade Brasileira”, analisou ao todo 224 indicadores entre 558 microrregiões brasileiras. Os números foram apresentados nesta semana.
A capital paranaense e municípios vizinhos estão entre os mais atrativos especialmente para o setor industrial e de distribuição. O traçado da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116) nessas cidades é um corredor de escoamento para grandes centros consumidores, como os estados do sul e sudeste e países do Mercosul.
Neste cenário, Campina Grande do Sul figura entre os locais mais estratégicos: são 80 quilômetros da Rodovia Régis Bittencourt, com ligação direta a São Paulo. “Vivemos um boom industrial, com a atração de investimentos dos mais diversos ramos. Isso se dá não apenas pelas ótimas condições logísticas, mas pelo potencial econômico da região, farta mão de obra e amplos espaços disponíveis”, avalia o prefeito Luiz Assunção.
A microrregião de Curitiba também se destacou, segundo a pesquisa, pelo elevado grau de competitividade em tamanho de mercado – tanto do ponto de vista de potencial de consumo quanto de geração de empregos -, qualidade de vida e ambiente de negócios. Outros pontos fortes são capital humano e qualidade das instituições. O elevado índice de competitividade e o bom ambiente de negócios são outros motivos que trouxeram, nos últimos anos, uma série de investimentos, puxados, principalmente pelo programa de incentivos do Governo do Estado, Paraná Competitivo.
Pelos critérios do estudo, a microrregião de Curitiba abrange, além da capital e de Campina Grande do Sul, as cidades de Almirante Tamandaré, Araucária, Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Contenda, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Mandirituba, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras, Rio Branco do Sul, São José dos Pinhais e Tunas do Paraná.
Expansão industrial
Os dados não deixam mentir: nos últimos dez anos, o número de indústrias sediadas em Campina Grande do Sul aumentou quase 200% – passou de 70 para 200. O secretário municipal de Indústria e Comércio, Levi Camargo, lembra que em paralelo ao crescimento industrial, cresceu localmente o setor comercial e de prestação de serviços. “Nos últimos anos, inauguramos no município a Previdência Social, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Bradesco, o SICOOB e os postos da Sanepar e Copel”, exemplifica. “Outro setor em expansão é o imobiliário. “Há poucos anos, tínhamos somente duas imobiliárias na cidade. Agora, são mais de dez”, completa o secretário.
No ranking dos 224 indicadores, a região de Curitiba ficou atrás apenas das microrregiões de São Paulo, Campinas, Florianópolis e Rio Grande do Sul. O levantamento considerou 14 dimensões capazes de impactar diretamente a competitividade do país, como educação, saúde, infraestrutura, inovação, mercados, agricultura, energia, desempenho do setor público, sustentabilidade e recursos naturais.