Marcelo Puppi responde a processo por receber e pagar ilegalmente sessões extraordinárias no ano de 2006, enquanto presidente da Casa. Valores ultrapassam R$ 100 mil
A Câmara Municipal de Campo Largo abriu semana passada Comissão Especial de Investigação (CEI) para apurar a responsabilidade do presidente da Casa na época, Marcelo Puppi, pelo recebimento e pagamento de sessões extraordinárias no ano de 2006.
O requerimento que solicitou a CEI (1161/2016) é de autoria das vereadoras Fernanda do Nelsão, Cléa Oliveira e Sueli Guarnieri, que acataram a um pedido feito pelo presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Ermínio Santana. A abertura da Comissão Especial contou com maioria absoluta dos votos na sessão do último dia 11.
Entenda o caso
Em 2015, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) aplicou sentença a todos os vereadores que receberam pagamentos indevidos por sessões extraordinárias realizadas em 2006. O órgão também declarou Puppi condenado a pagar a dívida total, mais de R$ 100 mil, por ocupar cargo de gestor à época, ou seja, foi o responsável por autorizar todos os pagamentos.
Na semana passada, o ex-presidente quitou apenas a parte referente ao que recebeu indevidamente, mas continua devedor pelos demais – seu nome consta no Cadastro de Inadimplentes do TCE-PR.
Além da condenação a devolver dinheiro ao erário, Puppi também responde por improbidade administrativa.
O político é pré-candidato a prefeito de Campo Largo e deve ter sua candidatura questionada, de acordo com a Lei da Ficha Limpa. Puppi pode perder a autorização para se candidatar ou, caso concorra e seja eleito antes do julgamento final, pode perder o mandato.
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