por Noelcir Bello e Denis Ramos
Após receber várias reclamações por parte de pedestres que utilizam as vias públicas da cidade, todos os dias, em nosso município, fomos conhecer a realidade das calçadas e buscar mais informações sobre o problema enfrentado por inúmeros munícipes.
Andamos pelos diversos bairros da cidade, fotografando e conversando com os proprietários dos imóveis.
Constatamos que, mesmo com a rua asfaltada, a grande maioria dos moradores não se dispôs a construir sua calçada. Porém, aqueles que as construíram, dão a entender que, em sua grande maioria, pensaram apenas na estética.
É normal o cidadão se queixar do Poder Público, culpando-o por tudo que não está bem. Mas, nem sempre é assim. No caso das calçadas, por exemplo, foi possível comprovar o desrespeito e a falta de preocupação dos proprietários para com os pedestres que precisam passar em frente de seus imóveis.
Descaso dos proprietários
Conversamos com alguns moradores que afirmam estar corretos na forma de construir suas calçadas. Eles alegaram que os terrenos são seus. Mas, ao perguntarmos por onde passaria o pedestre, não souberam responder.
Nos dois dias de caminhada pela cidade, encontramos as mais variadas e “criativas” situações no lugar das calçadas. Vimos calçadas simples, belos gramados, mato impenetrável ao pedestre, lindas hortas e até plantação de milho, inclusive na região central do município.
Calçadas sem padrão
No antigo bairro Boa Esperança, cada morador criou o seu próprio padrão de calçadas. Existem muretas finalizando as calçadas, que chegam a medir quase um metro de altura. O que mais nos chamou a atenção nesta rua foi o fato de, praticamente, todas as casas estarem marcadas com uma placa sobre segurança no bairro – VIZINHO SOLIDÁRIO – no entanto, o conceito de segurança parece não passar pela preocupação com os pedestres.
Encontramos duas mães empurrando seus bebês nos carrinhos, dividindo a rua com os carros, e perguntamos sobre as dificuldades que encontravam ao circular pelo local. A resposta foi direta: culparam os políticos, que, segundo elas, não estão interessados em ajudar.
Informações da Prefeitura
Para conhecer um pouco mais sobre lei que regulamenta o assunto, a reportagem do jornal A Gazeta Cidade de Pinhais procurou a Prefeitura Municipal, que dispõe de um padrão para construção das calçadas. Na oportunidade, conversamos com a engenheira do Departamento de Obras de Pinhais, Paula Soares Amaral Santos, que nos garantiu que a atual administração segue o que determina a lei.
“As calçadas atuais precisam medir dois metros, visando garantir a circulação dos pedestres, e contar com uma área permeável, onde o morador pode plantar árvores, flores e, se for o caso, abrigar o poste de energia elétrica.
De acordo com a engenheira, a Prefeitura intensificou a construção de calçadas a partir de 2013, contemplando diversas vias de grande circulação de pedestres, como: Ruas Azaléia e Flamboyant, no Jardim Karla/Rosi Galvão, Rua Clóvis Bevilaqua, no Vargem Grande, ligando com a Rua Leila Diniz, no Maria Antonieta, e a Avenida Airton Senna da Silva.
Paula Santos deixou também um lembrete aos moradores interessados deixar a cidade mais bonita e ainda facilitar o trânsito e a locomoção dos pedestres. “Antes de construir sua calçada, o munícipe deve se dirigir ao Departamento de Urbanismo, localizado na Avenida Camilo di Lellis, Centro, para obter as informações de como proceder para construir uma calçada regular”, finalizou.
Regras para a construção de calçadas
– A construção e a perfeita conservação do passeio são de responsabilidade do proprietário do imóvel, que devem seguir as normas técnicas relativas ao trânsito de portadores de necessidades especiais, idosos e demais pedestres.
– Os passeios não poderão ter nenhum tipo de degrau ou obstáculo que dificulte ou impeça o trânsito de pedestres.
– As lixeiras deverão estar afixadas próximas aos acessos de veículos do lote, encostadas no muro.