Fim da dupla função teve destaque nas discussões
A Câmara Municipal realizou audiência pública para discutir problemas no transporte coletivo da cidade, quarta-feira (24). A iniciativa é do vereador Professor Abelino (PT), que tem trabalhado para solucionar as reclamações dos usuários, em parceria com outros vereadores.
Participaram do encontro os vereadores Wilson Cabelo, Luiz Paulo (PSB), Luiz Monteiro (PSB), Alberto Setnarsky (PMDB), Leandro da Nifer (PHS), Gastão Vosgerau (PSDB), Nina Singer (DEM), Onildo (SDD), Gilberto Mello (PV) e Tadeu Camargo (PSL); o secretário municipal de transporte e trânsito, Cláudio Alves; o chefe de gabinete do prefeito, Adriano Muhslstedt; os representantes da Sanjotur, Aline Torres e Nelson Carvalho; o representante da Autoviação São José, Ronaldo Dal Negro; a representante do Cartão VEM, Luciane Freiberger; o representante da Comec, André Fialho e o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, além de funcionários das empresas e comunidade.
Abelino apresentou vídeos com a opinião de usuários sobre o transporte público. Segundo o parlamentar, a população tem se mostrado indignada e desrespeitada pelas empresas. “Os ofícios e pedidos realizados não resolveram a situação. Por isso decidimos reunir a todos para tentarmos atingir um consenso”, explicou. De acordo com o vereador, o relatório conclusivo será enviado ao Ministério Público, para investigação e tomada de providências.
Os demais vereadores presentes também manifestaram opiniões. “Temos que oferecer à população um transporte público de qualidade, para que ela possa optar por esse meio, deixando seu carro em casa e contribuindo para melhor fluidez no trânsito e diminuição da poluição”, afirmou Luiz Paulo.
Sobre a questão do término da dupla função, aprovado pela Lei nº 2487/14 de autoria dos vereadores, os representantes das empresas afirmaram que o custo com mão de obra é muito grande e inflaciona a tarifa. Por sua vez, o Sindimoc apresentou abaixo-assinado com mais de duas mil assinaturas de usuários solicitando a volta de cobradores em todas as linhas do município, assim como determina a Lei. “É um absurdo dizer que o funcionário é o maior custo de uma empresa. Na verdade é ele que garante a qualidade do serviço e deveria ser mais valorizado”, disse Anderson Teixeira do Sindimoc.
Já em relação à proibição do pagamento da passagem com dinheiro, as empresas afirmaram que, além de ser uma medida econômica, é uma tendência em todo mercado mundial. Os participantes não aceitaram tais justificativas e, após várias manifestações e questionamentos, foi sugerido, ao legislativo, abertura de CPI para investigar o transporte coletivo em São José dos Pinhais. Os vereadores se comprometeram a analisar o pedido.