Assembleia Legislativa do Paraná solicita abertura de inquérito para responsabilizar envolvidos nos danos causados pela invasão

Assembleia Legislativa do Paraná solicita abertura de inquérito para responsabilizar envolvidos nos danos causados pela invasão

Assembleia Legislativa do Paraná
O Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) instaurou inquérito para apurar as condutas individuais dos grevistas

A Polícia Civil do Paraná instaurou um inquérito para apurar comportamentos individuais de pessoas responsáveis pela invasão do Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná, ocorrida no dia 3, segunda-feira, durante a votação do projeto do Poder Executivo que cria o Programa Parceiro da Escola. De acordo com a Polícia, o Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) será responsável pelas investigações e a Polícia Científica está concluindo o levantamento dos danos causados. Serão utilizadas imagens do circuito interno do Poder Legislativo do Centro de Comando e Controle Regional.

 

Prejuízo da invasão

A Comissão Executiva ainda trabalha para levantar todo o prejuízo causado pela invasão. O relatório completo com os bens danificados só poderá ser concluído após o esvaziamento completo dos prédios do Legislativo. “O fato ocorreu em razão da invasão da Assembleia, não por agressão dos policiais que estavam na proteção do patrimônio público e acabaram atingidos. Esse tipo de atitude de invasão não se recomenda. São vândalos que não aceitam o processo de inovação visando a melhoria da educação do Estado do Paraná”, disse o presidente do Poder Legislativo, deputado Ademar Traiano (PSD).

“Já determinei à Procuradoria da Casa para ingressar com medidas jurídicas contra os invasores que foram identificados como os principais incitadores aos atos antidemocráticos, fazendo prevalecer também a questão do 08 de janeiro, se lá vale a justiça, aqui também tem que valer. Nós vamos ingressar com medidas criminais para que estes invasores também possam ser representados como foram aqueles lá em Brasília por atos antidemocráticos e que a Justiça estabeleça o mesmo rigor em relação a estes invasores aqui na capital do estado”, explicou o presidente Ademar Traiano (PSD).

 

Levantamento prévio

Durante a votação do projeto de lei 345/2024, centenas de manifestantes ocuparam as galerias do Plenário da Assembleia. Em levantamento prévio realizado pela Comissão Executiva da Assembleia, a invasão resultou na quebra de vidros e portas de acesso para o Plenário, o arrombamento do portão principal de entrada e depredação de cadeiras nas galerias. Na invasão, dois policiais e três manifestantes ficaram feridos e dois manifestantes foram detidos e responderão criminalmente por dano ao patrimônio público. A sessão plenária foi suspensa após manifestantes invadirem o prédio do Plenário e demais dependências da Casa.

Segundo informação da Polícia Militar, cerca de 4 a 5 mil pessoas reuniram-se na Praça Nossa Senhora da Salete no início da tarde do dia 3, antes do início da Sessão Plenária. Do interior chegaram 54 ônibus, além da movimentação de toda a região metropolitana e da capital, professores das universidades federais em greve e alunos da rede pública. Mesmo após a determinação legal de reintegração de posse, a recomendação da Mesa Diretora foi de que não fosse buscado qualquer confronto, para que os manifestantes saíssem de forma amigável.

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