Artista de Pinhais participa do Festival de Teatro de Curitiba

Artista de Pinhais participa do Festival de Teatro de Curitiba

por Noelcir Bello

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O Festival de Teatro de Curitiba é conhecido como o maior festival do país. Tudo começou em 1992, numa mesa de restaurante, quando jovens amigos tiveram a ideia de buscar alternativa para divulgar e ampliar o acesso do público as peças apresentadas na cidade.

Ao longo destes 24 anos, os palcos de Curitiba receberam centenas de artistas de renome, tais como: Paulo Autran, Tony Ramos, Wagner Moura, Drica Moraes e muitos outros. Cerca de três milhões de espectadores assistiram a cinco mil espetáculos. Conheça um pouco da trajetória do artista Adalberto Hoch, representante de Pinhais nesta edição do festival.

Nosso entrevistado é um jovem ator, morador do bairro Vargem Grande, e irá representar Pinhais em duas peças no Festival de Teatro de Curitiba. Formado pela PUC em 2015, no curso de ator e iluminador, já foi aluno da Oficina de Teatro de Pinhais. Começou a atuar no Colégio Mathias Jacomel e atua há pelo menos seis anos.

Paixão que vem de berço

Já atuou em mais de dez espetáculos em sua carreira, mas, apesar de todos estes trabalhos, ainda não vive apenas da arte e concilia a atuação com o trabalho em um mercado. “Gostaria que tivéssemos mais patrocinadores no teatro, assim poderíamos trabalhar apenas com a arte. Acredito que o Festival de Curitiba ajuda o público a conhecer o teatro e essa visibilidade aumenta a bilheteria, o que mantém as companhias atuando o ano todo”, pontuou Hoch.

Adalberto garante que desde criança se encantou pela arte e ressalta apesar que a visão do espectador é a de que o ator visa apenas ser famoso e rico, porém é muito mais que isso. “O teatro proporciona a possibilidade de mudar alguma coisa na vida das pessoas, sem ficar acomodado. É participar ativamente da mudança, sendo realmente ator da mudança do mundo. Ser ator é poder se colocar no lugar do outro, sentir aquilo que outro sentiu ao passar pela situação que o levou a ser como é, além promover a generosidade nas pessoas, se preocupar com as experiências e sentimentos dos outros. Ajuda a pensar melhor, antes de fazer um julgamento supérfluo das situações de vida das pessoas”, garantiu.

Falta de espaço para o teatro

Ele comenta ainda que sente falta de lugares onde as companhias possam se apresentar, assim como espaço para ensaios. Aproveita para agradecer a coordenação do curso da PUC que empresta espaço para os ensaios e também a equipe do Centro Cultural de Pinhais, que não mede esforços para apoiar a arte. “Teatro é uma arte que ainda enfrenta muita dificuldade, devido à falta de incentivo e também pela baixa participação do público nos espetáculos. Acredito que o teatro tem a força para transformar as pessoas. A cada peça apresentada, as possibilidades são infinitas para o público que assiste. Em um futuro próximo teremos melhorias. As empresas e prefeituras estão motivando as companhias para melhorar a qualidade dos espetáculos, assim como as universidades, que têm dedicado mais tempo para qualificar melhor seus atores”, disse Adalberto.

Overthinking e O Aquário

Na peça Overthinking, que será apresentada no dia 23, às 14 horas, no dia 24, às 17 horas e no dia 25, às 20 horas, no Auditório Brasílio Itiberê, na Rua Cruz Machado, 183, Centro de Curitiba, Adalberto será o responsável pela iluminação. A peça trata de questões existencialistas e do pensamento humano, formando um quebra-cabeça experimentalista de diálogos, pois mostra a dificuldade do excesso de pensamentos e como isso afeta o ser humano.

A outra peça, O Aquário, será apresentada nos dias 27, às 12 horas, 28 às 15 horas e 29 às 18 horas, no Teatro TUC (Teatro Universitário de Curitiba). Desta vez, Adalberto fará o papel de Ferdinando Tetra, um vendedor de peixes. Nesta trama será contado o mistério da morte de um peixe, tendo como acusado um menino de oito anos. Então, se instala um tribunal de pequenas causas para descobrir o culpado, permeando situações cotidianas de nossa sociedade, levando o expectador a se colocar no lugar dos personagens e criar um pensamento crítico. Aqui os atores aproveitam a trama para entrelaçar as histórias de vida das pessoas e o individualismo existente entre as pessoas.

Serviço

Os ingressos para as peças estarão a venda pelo site www.festivaldecuritiba.com.br ou nas bilheterias do Festival de Teatro de Curitiba.

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