por Noelcir Bello
Este casal inspirador serve como exemplo para os demais, pois o amor entre os dois é visível em todos os momentos.
A história do casal começou quando Neide, apesar de já saber dançar, decidiu fazer aulas de dança e contou sobre a sua decisão para sua chefe no trabalho. Na mesma hora ela se lembrou de um vizinho que estava fazendo aulas e havia a convidado para participar.
Antônio sempre passava na casa da chefe de Neide ao retornar da novena e foi por esta amizade que a amiga em comum resolveu aproximar o casal, acreditando em uma bela história de amor. O primeiro encontro do casal foi no dia 12 de junho e eles sempre fazem questão de comemorar mensalmente este dia que mudou a vida dos dois.
Neide acompanhou todo o desenvolvimento de Pinhais
Neide lembra-se de toda a tubulação de esgoto sendo colocada no Weissópolis, bairro onde ela cresceu. Não havia luz, água encanada, saneamento básico e até mesmo a maioria das ruas não existiam. Tudo o que precisavam, vinha de Curitiba. “Minha mãe, para comprar uma margarina, encomendava do compadre, que trazia no final da tarde, quando retornava de Curitiba. Quando abriram as primeiras fábricas no Weissópolis, todos comemoraram, pois significou a chegada de empregos perto de casa”, lembrou Neide.
Havia uma estação de trem no bairro e, quando o trem ali parava, essa era a chance das crianças verem pessoas diferentes na região. “Meu pai comprava as passagens ali, na Estação Pinhais, para que a família pudesse visitar Curitiba ou o litoral paranaense. O maquinista conferia uma a uma antes de partir, assim como nos filmes antigos. Mais recentemente, há cerca de 20 anos, o único ônibus que circulava em Pinhais era conhecido como Estação Pinhais. Ele passava pelas avenidas Iraí, Camilo Di Léllis e João Leopoldo Jacomel, no sentido Curitiba. Ainda nesta época, as ruas não eram asfaltadas e todos sofriam com a lama”, contou Neide.
Nossa entrevistada reconhece o grande crescimento de Pinhais, inclusive disse perceber que pessoas vêm de outros municípios para consumir em Pinhais, graças às boas administrações dos prefeitos.
Antônio é taxista, atleta e dançarino
Antonio já havia sido casado e após o falecimento de sua primeira esposa, ao frequentar sessões com uma psicóloga, foi orientado para que participasse de aulas de dança de salão. Natural de Taió, Santa Catarina, passou a gostar de música gaúcha e há 44 anos mora em Pinhais.
Ele contou que ao chegar a Pinhais foi motorista de ônibus em várias empresas, mas em 1977 se tornou taxista em Curitiba e exerce a profissão até hoje, já aos 68 anos de idade. “Tenho uma grande honra em ser taxista, por ser uma profissão de contato direto com as pessoas, em especial os turistas. Nos anos noventa fui sindicalista por duas gestões, tendo trabalhado muito pela categoria, oportunidades em que consegui várias conquistas junto aos órgãos públicos, como a Prefeitura, URBS, entre outros”, lembrou Antônio.
No desempenho desta função, Antônio disse que pôde acompanhar a evolução dos municípios, inclusive Pinhais, que passou por grande transformação. “Sempre faço questão de enfatizar os belos lugares a serem visitados em Pinhais, pois apresentam uma encantadora beleza”, apontou Antônio.
Atualmente frequenta muitas aulas e bailes, em especial de ritmos gaúchos, pois, segundo ele, são ambientes familiares, onde se constrói boas amizades. “Gosto muito da cultura gaúcha. Frequentei os cursos do Grupo Passos Gaúcho, que duram em média três meses, porém as amizades permanecem”, garantiu.
Nosso entrevistado participa de corridas de rua e ele mesmo disse que se surpreende por ter uma grande resistência em todas as corridas, por sua idade. Antônio esbanja energia e acumula centenas de medalhas. Todo o seu vigor vem da preparação realizada em uma academia. “São três vezes por semana na academia, além de manter uma alimentação controlada e balanceada”, contou.
O casal que se diverte junto permanece unido
Também participam das aulas no Centro Cultural de Pinhais, onde são oferecidas diversas modalidades de danças de salão. Com este grupo, o casal se apresenta em eventos da prefeitura, sendo que a última apresentação que fizeram foi com a turma de bolero, quando a professora montou uma coreografia especial para apresentar naquela ocasião. Ainda este mês, o casal pretende começar a fazer as aulas de Xote Afigurado com o Grupo Passos Gaúcho, do professor Augusto.
Antonio se orgulha de ter tido a oportunidade de conhecer a esposa Neide, mesmo após já ter dois filhos. “Ela passou a ser uma companhia para todas as horas. Ela também gosta muito de bailes”, afirmou.
Juntos, sempre participam dos eventos, acompanhados dos amigos da dança. A união entre as duas famílias alimenta ainda mais a relação. “Por isso tudo, somos tão felizes. Diversão, respeito e muito amor é o que mantém um bom casamento”, finalizou Neide.
