O Colégio João Paulo II, com 34 anos de experiência na arte de ensinar, não se limita somente ao ensino convencional. A tradicional instituição de ensino, também, se vê com a responsabilidade de ir mais além na missão de ensinar as consideradas disciplinas curriculares.
Campanhas em prol dos mais necessitados e em defesa da natureza já foram organizadas pelos alunos do João Paulo II. Em 2015, por exemplo, o Colégio promoveu uma série de ações voltada para a preservação do meio ambiente. Dentre elas destacam-se a reciclagem do lixo, o reaproveitamento do óleo de cozinha e o plantio de árvores.
O desafio de combater o Aedes Aegypti
De acordo com a direção do João Paulo II, o combate ao mosquito transmissor da dengue e outras doenças também requer muita atenção nesta jornada. “Se cada um de nós fizer sua parte, somando os esforços de todos, em um futuro próximo poderemos hastear a bandeira da vitória contra o Aedes Aegypti”, afirma.
A educação de qualidade deve priorizar a conexão entre o conhecimento teórico, adquirido na escola, e o conhecimento prático, capaz de envolver a relação escola-comunidade.
Partindo desse princípio, o Colégio João Paulo II promove, no Município de Pinhais, uma ação coletiva visando a prevenção da propagação do mosquito Aedes Aegypti (vetor responsável pela propagação da dengue, febre Chikungunya e Zika vírus). A ação contará com a participação de Axel Cofré, pós-doutorando no laboratório de biologia básica do Instituto Carlos Chagas. O palestrante falará a respeito do material que vem sendo produzido cientificamente sobre a propagação dos vírus da dengue, zika vírus e chikungunya. Além disso, os alunos do 7º ano B e C realizarão mutirões pela vizinhança da escola, em suas próprias casas e de seus vizinhos, amigos e parentes. Com o intuito de investigar possíveis focos e conscientizar a população pinhaiense, os estudantes entregarão ainda 1.000 panfletos na comunidade.
O vírus e o agente vetor
O Aedes Aegypti, originário do continente africano, foi introduzido no continente americano no período de colonização. A espécie é adaptada ao ambiente urbano, apresentando hábitos diurnos, tendo preferência por sangue humano. A ploriferação do mosquito só foi possível porque seus ovos podem permanecer em condições favoráveis por um longo período de tempo. Somente as fêmeas são hematófagas, enquanto os machos alimentam-se de substâncias vegetais açucaradas.
Dengue
A dengue pode apresentar-se de forma assintomática, leve ou até mesmo de forma sintomática grave, podendo levar o infectado ao óbito. A doença caracteriza-se por apresentar febre alta, de 39º a 40º, acompanhada de fortes dores de cabeça, no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Pode ocorrer também perda de peso. Náuseas e vômitos são comuns. A doença em seu estágio grave apresenta, além dos sintomas citados acima, dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros.
Chikungunya
Com sintomas semelhantes aos da dengue, a febre Chikungunya diferencia-se da dengue por ser menos agressiva e menos frequente, mas pode levar o infectado ao óbito.
Zica Virus
Já o Zika vírus, na maioria das vezes, não apresenta manifestação clínica. Caso apareçam sintomas semelhantes aos das outras duas doenças transmitidas pelo Aedes, tais como dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos, a pessoa deve procurar orientação médica.
O que fazer?
A melhor estratégia para combater essas três doenças reemergentes é a prevenção e o combate aos focos de proliferação do mosquito vetor. Para isso, é necessário seguir as seguintes orientações.
1 – Eliminar todos os tipos de criadouro
o Certificar que caixa d’água e outros reservatórios de água estejam devidamente tampados;
o Retirar folhas ou outro tipo de sujeira que pode gerar acúmulo de água nas calhas;
o Guardar pneus em locais cobertos;
o Guardar garrafas com a boca virada para baixo;
o Realizar limpeza periódica em ralos, canaletas e outros tipos de escoamentos de água;
o Limpar e retirar acúmulo de água de bandejas de ar-condicionado e de geladeiras;
o Utilizar areia nos pratos de vasos de plantas ou realizar limpeza semanal;
o Retirar água e fazer limpeza periódica em plantas e árvores que podem acumular água, como bambu e bromélias;
o Guardar baldes com a boca virada para baixo;
o Esticar lonas usadas para cobrir objetos, como pneus e entulhos;
o Manter limpas as piscinas;
o Guardar ou jogar no lixo os objetos que pode acumular água: tampas de garrafa, folhas secas, brinquedos.
2 – Eliminar os focos
o Lavar com sabão e escova/bucha as bordas dos recipientes que acumulam água;
o Jogar as larvas na terra ou no chão seco;
o Para grandes depósitos de água e outros reservatórios para consumo humano é necessário a presença do agente de saúde para aplicação do larvicida;
o Em recipientes com larvas, onde não é possível eliminar ou dar a destinação adequada, colocar produtos de limpeza (sabão em pó, detergente, desinfetante e cloro de piscina) e inspecionar semanalmente o recipiente, desde que a água não seja destinada a consumo humano ou animal. Importante solicitar a presença de agente de saúde para realizar o tratamento com larvicida.
Assim, se cada cidadão fizer a sua parte, logo teremos um país livre do Aedes.
Equipe do Colégio João Paulo II e alunos do 7º ano B e C