O Paraná ganhará um empreendimento bilionário que reforça sua posição como um dos maiores polos da cadeia automotiva do Brasil. A XBRI Pneus, em parceria com a multinacional chinesa Linglong Tire, investirá US$ 1,2 bilhão (R$ 6,7 bilhões) na instalação de uma fábrica de pneus de última geração em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. O anúncio foi feito ao governador Carlos Massa Ratinho Junior.
A construção da planta, em um terreno de 1,4 milhão de metros quadrados, deve começar em setembro deste ano, projetada para abrigar também a cadeia de fornecedores. A previsão é de mais R$ 4 bilhões em investimentos adicionais em estrutura para empresas satélites, podendo gerar receitas de mais de US$ 4 bilhões (R$ 22,5 bilhões).
A produção deve iniciar no primeiro semestre de 2027, com a expectativa de gerar 1,3 mil empregos na primeira fase e até 3,5 mil funcionários em plena operação. A indústria terá capacidade para produzir cerca de 15 milhões de pneus por ano.
Ratinho Junior ressaltou a competitividade do Paraná, destacando-o como o estado que mais investe em pesquisa, ciência e inovação no Brasil, além de possuir logística de qualidade, próximo aos grandes mercados consumidores, no centro de 70% do PIB da América do Sul. Ele expressou orgulho pela parceria entre a Linglong e a XBRI, que visa criar um complexo industrial, consolidando o Paraná como um polo automotivo chave.
Eduardo Bekin, diretor-presidente da Invest Paraná, confirmou a participação da agência na atração do investimento e na futura ampliação do complexo.
A Linglong Tire é a maior fabricante de pneus da China e líder mundial em pneus para veículos elétricos, fornecendo para oito das dez maiores montadoras globais. Com sete plantas na Ásia e cinco em outros países, a unidade no Paraná será sua primeira na América do Sul. O presidente da Linglong, Wang Feng, afirmou que o Paraná foi o primeiro estado prospectado no continente em 2013, devido à sua competitividade, mão de obra qualificada e logística estratégica.
Para Nabil Chamseddine, presidente da XBRI Pneus, o apoio do governo estadual, a receptividade e a logística foram diferenciais. Ele classificou o Paraná como um “hub no Brasil”, ideal para o desenvolvimento industrial por sua proximidade com os maiores mercados consumidores do Sul e Sudeste.