Com consumo de água alto pelo calor excessivo, Sanepar reforça necessidade de uso consciente

Com consumo de água alto pelo calor excessivo, Sanepar reforça necessidade de uso consciente

consumo de água
De acordo com o Simepar, praticamente todo o Estado teve temperaturas acima da média em fevereiro de 2025 – quarta-feira (26) foi o dia mais quente do ano em Pinhais, Guarapuava, Fazenda Rio Grande e Lapa

Às vésperas do feriado de Carnaval, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) constatou que o consumo de água permanece alto, inclusive no período noturno, fruto do calor extremo que várias regiões do Paraná estão enfrentando, especialmente em cidades como Londrina, Cambé e Ponta Grossa.

De acordo com o Simepar, praticamente todo o Estado teve temperaturas acima da média em fevereiro de 2025 – a quarta-feira (26) foi o dia mais quente do ano em Pinhais, Guarapuava, Fazenda Rio Grande e Lapa. Em Ponta Grossa e Londrina, por exemplo, tanto as temperaturas máximas quanto as mínimas neste mês ficaram acima da média histórica.

Em Ponta Grossa, a temperatura mínima média neste mês de fevereiro está 2ºC acima do normal, enquanto que a máxima supera a média histórica para o mês em 1ºC. Em Londrina, a temperatura mínima está 1,4°C acima da média histórica, já a temperatura máxima chega a 1,3ºC a mais do que a média para o mês de fevereiro, segundo o Simepar, .

 

DESAFIO

Na oportunidade, o presidente da Sanepar, Wilson Bley, destacou. “É um momento de desafio. Precisamos estar juntos para superar este desafio climático que vem assolando todo o Sul do Brasil, trazendo uma onda de calor ao Paraná, fazendo com que o consumo de água seja em níveis extremamente elevados”.

O gerente geral da Sanepar para a Região Nordeste, Gil Gameiro, explica que há uma relação de consumo maior que pode variar de 2% a 5% para cada grau de temperatura que ultrapassa os 30ºC. No Sistema de Abastecimento Integrado Londrina-Cambé, o consumo de água, em janeiro e fevereiro, cresceu mais de 20% em relação à média do ano passado.

“Além deste fator, a temperatura a partir de 24ºC se estendendo por mais horas, durante o período noturno e perdurando por vários dias, causa consequências para os sistemas de água. Mesmo trabalhando ininterruptamente, com o alto consumo, a reservação dos sistemas vai tendo seus níveis reduzidos, afetando o abastecimento em algumas regiões”, explica.

Segundo Gameiro, a Sanepar também percebeu alteração no pico de consumo. “Historicamente o pico de consumo, ou seja, quando quase todo mundo está com uma torneira aberta ou o chuveiro, ocorre entre 19 horas e 20 horas. Porém, em dias mais quentes, o consumo tem permanecido alto até bem mais tarde, até 23 horas, meia-noite”, detalha.

Gil destaca que a Sanepar já iniciou a fase de testes dos equipamentos da obra que vai atender plenamente o abastecimento na região afetada nestas semanas com manobras operacionais compensatórias, isto é, manobras para a recuperação dos níveis dos reservatórios. A nova adutora e elevatória do Sistema Tibagi custou R$ 27 milhões e deve ser entregue em abril, bem antes da previsão, que era agosto.

“Esta obra vai aumentar a nossa capacidade de transporte de água para reservatórios das regiões Oeste e Leste de Cambé. São mais seis quilômetros de adutora e uma estação elevatória de água. Cortamos o Centro, a partir da Rua Sergipe, até a região Oeste, próximo ao Moinho”, conta.

 

PLANEJAMENTO E USO CONSCIENTE

O presidente da Sanepar reforça ainda que, entendendo que esse novo regime climático possa perdurar, a Companhia está revisando seu planejamento estratégico para preparar-se para este desafio. “Estas obras não são obras rápidas, são obras estruturantes, que têm um prazo de maturação. Nós estamos aumentando a nossa produção para que o consumo seja equilibrado. Agora, é claro, precisamos do uso racional de todos, desse bem finito que é a água potável, para aquelas necessidades que são básicas no nosso dia-a-dia”, disse.

Ele recomenda que a água tratada da Sanepar seja destinada a fins nobres, como a hidratação, a alimentação e a higiene, sendo utilizada a água da chuva ou de reuso para outras atividades, como lavar calçadas, veículos, tapetes, regar plantas e mesmo dar descargas.

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