Como prevenir e ter diagnósticos precoces de câncer ginecológico e de mama

Como prevenir e ter diagnósticos precoces de câncer ginecológico e de mama

Especialistas acendem alerta para prevenção e diagnóstico precoce dos cânceres femininos mais prevalentes e reforçam a importância da vacinação contra HPV para meninas e meninos

A prevenção de doenças que afetam diretamente as mulheres, como câncer de colo de útero e câncer de mama, é um dos assuntos mais comentados durante esse mês por conta do Outubro Rosa.
Segundo a médica radiologista, diretora Regional da Dasa, Aline Guimarães, o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e reduz tratamentos menos agressivos, além de diminuir o índice de mortalidade causado pela doença.

“Para o câncer de mama, a mamografia deve ser feita anualmente a partir dos 40 anos. Com ela, conseguimos identificar lesões menores de um centímetro, que não podem ser à palpação”.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas no Sul e Sudeste. Para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados 73.610 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 41,89 por 100 mil mulheres. Já para os tumores ginecológicos, mais de 30 mil brasileiras são diagnosticadas a cada ano, sendo mais de 17 mil apenas o de colo de útero.

O câncer ginecológico se refere aos tumores malignos que se desenvolvem no endométrio, vagina, vulva, ovário e útero, sendo esses dois últimos os mais prevalentes. Além de ser um dos mais incidentes em mulheres, ele apresenta grandes chances de sucesso no tratamento quando o tumor é detectado precocemente. ”Temos um grande avanço com a disponibilidade de vacinas profiláticas; abordagens de baixo custo para detecção, como papanicolau; e tratamento, além de, em casos mais avançados, a possibilidade de cirurgias com métodos modernos”, explica Jaime Kulak, ginecologista nos laboratórios de medicina diagnóstica da Dasa na região Sul, Laboratório Frischmann Aisengart em Curitiba.

 

Prevenção e diagnóstico precoce

Apesar de serem diferentes, a prevenção e o diagnóstico precoce são complementares. Tanto para o câncer de mama, quanto para o câncer ginecológico, a adoção de hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos regulares e alimentação balanceada, são fundamentais. Já a detecção precoce identifica sinais e sintomas prévios de doenças ou agravos, mesmo se a pessoa não tiver sintomas.

A melhor forma de diagnosticar o câncer de colo do útero precocemente é realizando exames periódicos, que tradicionalmente sempre foram feitos pelo Papanicolaou e que atualmente vem incorporando a pesquisa de HPV de alto risco. “O exame citopatológico do colo do útero é o mais popular para diagnosticar lesões sugestivas. Em casos positivos, as amostras são encaminhadas à investigação e a paciente ao tratamento adequado”, esclarece o médico.

Já para o câncer de mama, a mamografia é essencial para identificar precocemente as lesões. A mamografia deve ser complementada com ultrassonografia e ressonância magnética das mamas, quando indicado.

Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que a segunda causa de morte no Brasil, atrás apenas das doenças cardiovasculares, o câncer apresenta possibilidades de cura de até 95% (dependendo do tipo da neoplasia), quando detectado precocemente.

 

Cânceres ginecológicos

Existem cinco tipos de cânceres ginecológicos. De acordo com o médico Jaime Kulak, o mais recorrente é o de colo do útero devido à alta prevalência de infecção pelo HPV. Os principais sintomas são a secreção vaginal anormal, dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais, sangramento menstrual mais intenso e longo e/ou dores durante a relação sexual.

 

Vacina contra o HPV

As infecções pelo vírus do HPV atingem o trato reprodutivo e são muito frequentes, além de responsáveis por uma variedade de cânceres e outras condições em homens e mulheres. Nelas, o HPV é detectado pelo exame de papanicolau e o de PCR na amostra proveniente do papanicolau. Além de ser o método mais sensível, permite a identificação do tipo de vírus, auxiliando na conduta médica.

Segundo a médica patologista clínica do Laboratório Santa Luzia/Dasa, Annelise Wengerkievicz Lopes, a melhor maneira de prevenir o HPV é ser vacinado antes do início da vida sexual. “A vacina quadrivalente está disponível na rede pública para meninas e meninos de 9 a 14 anos, assim como para homens e mulheres com HIV/AIDS, submetidos a transplantes de órgãos sólidos e pacientes oncológicos de 9 a 45 anos. Porém, ela pode ser indicada por um médico de acordo com a condição de cada paciente. Já a vacina nonavalente está disponível para homens e mulheres de 9 a 45 anos de idade na rede privada”, finaliza a médica.

Atendendo a demanda de um novo consumidor que busca flexibilidade, há a possibilidade da aplicação de vacinas e outros exames com maior conforto na casa ou em qualquer espaço indicado pelo paciente, por meio do serviço de Atendimento Móvel. O agendamento pode ser realizado diretamente com o laboratório escolhido.

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