Hospitais do Paraná aumentam eficiência no consumo de energia com apoio da Copel

Hospitais do Paraná aumentam eficiência no consumo de energia com apoio da Copel

Hospitais do Paraná
As melhorias são parte do Programa de Eficiência Energética (PEE) da Copel, que realizou uma chamada pública exclusiva para hospitais com essas características de atendimento à população, no valor de R$ 35,2 milhões

Hospitais públicos e filantrópicos em todo o Paraná já estão economizando com a geração própria de energia solar e a substituição de equipamentos elétricos de climatização, iluminação e cuidados hospitalares por versões mais modernas e eficientes. As melhorias são parte do Programa de Eficiência Energética (PEE) da Copel, que realizou uma chamada pública exclusiva para hospitais com essas características de atendimento à população, no valor de R$ 35,2 milhões. A companhia acompanha a evolução dos projetos aprovados, agora com 77% de execução concluída nas obras.

 

Financiamento a fundo perdido

Regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o programa está garantindo financiamento a fundo perdido para 41 hospitais paranaenses. Até o momento, já foram investidos R$ 28,3 milhões, e 11 hospitais já concluíram suas obras, enquanto outros 18 estão em fase de conclusão dos trabalhos. Com o uso mais eficiente da energia, a redução média no valor da conta de luz pode chegar a até 75%, permitindo que os recursos economizados sejam investidos nos serviços de saúde prestados à população.

A oferta de um edital da Copel para o incentivo ao uso eficiente da energia em hospitais foi a primeira no Brasil, a partir de uma chamada prioritária da Aneel, com o objetivo de beneficiar o atendimento disponibilizado por instituições públicas e filantrópicas de saúde.

De acordo com o gerente de Gestão da Inovação e Eficiência Energética da Copel, Marcio Biehl Hamerschmidt, coordenador do programa na companhia, a iniciativa cria um círculo virtuoso, melhorando a infraestrutura hospitalar e gerando uma economia permanente. “O uso eficiente da energia gera um impacto econômico positivo, com reflexos muito importantes para o meio ambiente e toda a sociedade”, destaca.

 

Melhorias

Em Curitiba, o Hospital Pequeno Cotolengo acaba de colocar em operação a unidade de geração solar financiada pelo programa, com 639 placas fotovoltaicas.

De acordo com o diretor-executivo da instituição, Diogo Azevedo, o projeto agora entra em fase de monitoramento e verificação dos índices de eficiência projetados. “A implantação da geração própria de energia impactará positivamente o fluxo de caixa do hospital ao reduzir os custos com eletricidade e manutenção de sistemas e equipamentos. Isso libera recursos que podem ser reinvestidos em áreas essenciais, como atendimento aos pacientes e melhorias estruturais”, destaca.

O projeto contemplou ainda a troca de 392 pontos de iluminação e de cinco aparelhos de climatização de ambientes, totalizando um investimento de R$ 1,8 milhão. Além da economia financeira, ele destaca que a instalação da geração própria faz parte de um conjunto de ações que busca tornar o complexo de saúde uma organização ambientalmente correta.

“Esperamos uma redução substancial no consumo de eletricidade da rede, diminuindo os custos da nossa operação e levando a um impacto ampliado na redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em uma escala maior, alinhando nossa organização aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, afirma o gestor.

Dos 41 hospitais aprovados em chamada pública, 37 propuseram instalar usinas para geração de energia elétrica. Em Curitiba, as melhorias contemplaram ainda Hospital da Mulher e Maternidade Nossa Senhora de Fátima, Santa Casa de Misericórdia e Hospital São Vicente. “A Copel está comprometida com os pilares de responsabilidade social, ambiental e de governança”, afirma o presidente da empresa, Daniel Slaviero.

De maneira inédita, o edital considerou critérios socioeconômicos na avaliação dos projetos, como a quantidade de leitos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) nas instituições proponentes, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município onde o hospital está localizado e as dificuldades enfrentadas para o pagamento das contas de energia. Além disso, foram avaliados aspectos técnicos que analisaram a relação entre os investimentos realizados e a redução esperada no consumo de energia.

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