O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), está investindo na construção de cinco novos hospitais municipais na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e no litoral paranaense. As novas unidades ficam localizadas em Colombo, Pinhais, Rio Branco do Sul, São José dos Pinhais e Guaratuba. Ao todo, as obras recebem mais de R$ 381 milhões, contando com aporte estadual, municipal e Parceria Público-Privada (PPP). Além deles, há obras de hospitais em mais cidades do Interior.
Com exceção do Hospital Municipal de São José dos Pinhais, que está em fase de licitação para início da obra, as outras quatro estruturas já estão sendo construídas. A mais adiantada é a obra do Hospital de Pinhais, com 55% de execução, seguida pelo Hospital Maternidade de Guaratuba, com 40%, Hospital Geral de Colombo com 19,45% e Hospital Municipal de Rio Branco do Sul, com 13,89% da obra concluída.
Segundo o secretário da Saúde, César Neves, as estruturas fazem parte do Plano de Governo em regionalizar a saúde e aproximar os serviços das pessoas. “Essas obras reforçam a ideia da regionalização da saúde, desafogando os serviços da Capital, que é a referência de procedimentos de alto custo e alta complexidade. Os paranaenses vão deixar de se deslocar muitos quilômetros para buscar por um atendimento, porque esses novos hospitais irão viabilizar serviços mais perto da casa do cidadão”, disse.
COLOMBO
A construção do Hospital Geral de Colombo recebe investimento de R$ 67,2 milhões, sendo R$ 20 milhões do Governo do Estado, por meio da Sesa, e R$ 47,2 milhões de contrapartida do município. A nova unidade está sendo executada em uma área de 13 mil metros quadrados, com projeto para uma estrutura que comporte nove consultórios com atendimento em diversas especialidades, como clínica médica, cirurgia geral, pediatria, ortopedia, vascular, urologia, anestesiologia e nutrição ambulatorial.
Com sua conclusão, o hospital terá capacidade para até sete mil consultas, 400 cirurgias e 15 mil exames por mês, 126 leitos de internamento, sendo 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, 95 de enfermaria e 21 de enfermaria pediátrica, possibilitando internar, em sua capacidade plena, mais de mil pacientes por mês. Além disso, a unidade contará com serviços de apoio laboratorial, raio-x, tomografia, ressonância, ultrassom, eletrocardiograma.
RIO BRANCO DO SUL
Para o Hospital de Rio Branco do Sul, o investimento é de R$ 15 milhões, sendo 13,4 milhões do Estado e R$ 1,6 milhão do município. A unidade atenderá a demanda geral e de obstetrícia de risco habitual – contando com centro obstétrico, além de ofertar pronto atendimento 24 horas e realização de cirurgias eletivas de pequeno porte e internamentos clínicos. O espaço terá 37 leitos divididos entre internação e apoio, duas salas cirúrgicas, sala de exame raio-x, sala de exame de eletrocardiograma, sala de exame de ecografia e três consultórios.
O pronto atendimento terá suporte para exames e consultas de urgência e emergência, e o hospital terá centro cirúrgico, uma novidade na região, visto que a unidade atual não comporta a realização de cirurgias. O hospital vai atender cerca de 100 mil habitantes de Rio Branco do Sul, Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itaperuçu e Tunas do Paraná.
PINHAIS
Além dos investimentos diretos, o Estado também participa da construção do novo Hospital de Pinhais. A unidade está sendo viabilizada graças a um modelo de PPP, com financiamento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul com recursos captados junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFB) e contrapartida da Prefeitura, também concedido pelo BRDE, que além da AFD também obteve recursos em operações viabilizadas com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o New Development Bank (NBD).
Ao todo, são R$ 124 milhões para a construção de 13 mil metros quadrados de área construída. O hospital fará atendimento geral, com maternidade, incluindo gestações de alto risco, com capacidade clínica e cirúrgica geral, contando com 90 leitos, sendo 70 leitos de internação e 20 de UTI, metade para adultos e metade para recém-nascidos.
A estrutura também terá pronto atendimento, diagnósticos, centro cirúrgico, centro de parto normal, UTI infantil, UTI adulto, obstetrícia e alojamento conjunto, clínica médica e cirúrgica, além de áreas de apoio ao hospital. A estimativa é que a unidade seja entregue em outubro de 2025.
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
A unidade que está recebendo o maior aporte estadual é o Hospital e Maternidade Municipal de São José dos Pinhais (HMMSJP), com custo de R$ 169,9 milhões, sendo que R$ 60 milhões são do Estado. O local vai modernizar a estrutura do hospital atual, construído na década de 1940 e que não comporta o crescimento no número de atendimentos.
O hospital é referência para urgência e emergência para São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e a região sul de Curitiba, além de atender as vítimas dos acidentes que acontecem nas rodovias BR-277, BR-376 e Contorno Sul de Curitiba.
A nova estrutura terá 300 leitos e irá ampliar em cerca de 58% os atendimentos nas especialidades de cirurgia geral, ortopedia e traumatologia, ginecologia e obstetrícia, clínica médica, neonatologia, pediatria, medicina intensiva adulta e anestesiologia presencial, além de realização de exames. A construção da obra está sendo licitada pela Prefeitura, e assim que for iniciada a estimativa é que seja finalizada em quatro anos.
GUARATUBA
Além destes, há ainda o novo Hospital Maternidade de Guaratuba, no Litoral do Estado, num investimento de R$ 4,8 milhões, sendo R$ 4,7 milhões do Estado e R$ 95 mil de contrapartida municipal. A nova estrutura irá ampliar o pronto-socorro da cidade, num espaço de 1,7 mil metros quadrados de área construída.
O hospital, localizado ao lado da futura maternidade, possui atualmente 30 leitos divididos entre maternidade, clínica médica masculina e feminina, e pediatria. A unidade oferece serviços de urgência/emergência 24 horas, ambulatório e internamentos. O maior fluxo do hospital é justamente o da maternidade, que com a ampliação terá uma ala exclusiva.
O novo espaço terá enfermarias, ambulatório, centro obstétrico com sala de cirurgia, sala de parto normal, sala de pré-parto, sala de recuperação pós-anestésica e sala do recém-nascido, setores de nutrição e dietética, cozinha, refeitório e administração. Na área que será ampliada, serão quatro leitos para pacientes do pré-parto, parto e pós-parto, quatro leitos de alojamento conjunto, dois leitos de enfermaria, uma sala de parto, uma sala de curetagem e dois leitos de recuperação pós-anestésica.