por G1, em Brasília
Temer fez apelo para que ‘todos se dediquem a resolver os problemas’. ‘O Congresso está colaborando com uma solução’, afirmou senador.
O Presidente do Senado e do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou na quarta-feira (5) que o Congresso “vai colaborar com o que for necessário” para o país. Ele foi questionado sobre a declaração do vice-presidente Michel Temer, que fez apelo mais cedo para que “todos se dediquem a resolver os problemas do país”.
“O Congresso está colaborando com uma solução. Ontem mesmo nos reunimos com o Ministro da Fazenda, cobramos uma agenda para reaquecer a economia, para concluir o ajuste. O Congresso vai colaborar com o que for necessário”, disse Renan.
Depois de conversar com líderes da Câmara e do Senado, Michel Temer, articulador político do Palácio do Planalto, afirmou que a situação do Brasil é “grave”. Em pronunciamento na sede do Executivo federal, ele ressaltou que o Congresso Nacional é capaz de unificar o país.
“Estamos pleiteando exata e precisamente que todos se dediquem a resolver os problemas do país. Não vamos ignorar que a situação é razoavelmente grave, não tenho dúvida de que é grave, e é grave porque há crise política se ensaiando, há uma crise econômica precisando ser ajustada. Mas, para tanto, é preciso contar com o Congresso Nacional, com vários setores”, destacou o vice-presidente em entrevista coletiva no Planalto.
No Senado, Renan Calheiros conversou com jornalistas quando seguia para o plenário para presidir sessão de votação. Ele também foi perguntado sobre a votação do projeto que reduz as desonerações da folha de pagamento de mais de 50 setores. O texto é o último do pacote de ajuste fiscal enviado pelo Governo e é considerado crucial pelo Executivo.
“Nós temos, evidentemente, preocupação com a reoneração da folha de pessoal. Ela pode dificultar o reaquecimento da economia, mas o prazo é na próxima semana, na próxima semana é que ela vai trancar a pauta e a partir daí nós vamos começar a decidir. Mas ela está no prazo”, disse.
Ao ser questionado sobre a proposta que vincula os salários da Advocacia-Geral da União e de procuradores estaduais e municipais aos salários de ministros do Supremo Tribunal Federal, Renan voltou a defender a criação da autoridade fiscal do Congresso.
“Há um esforço para nós criarmos uma autoridade fiscal independente no Congresso Nacional para que ela seja referência nessas matérias. Tudo que nós tivermos que votar, ela diga qual é o impacto, qual é a consequência, se isso consulta ou não o interesse do país para que, desta forma, o Legislativo tenha um rumo e colabore sempre com uma saída”, declarou.
“É que todo parlamento do mundo, sem exceção, do mundo democrático, tem uma instituição fiscal independente. […] Aqui no Brasil nós temos que fazer isso. O Congresso não pode continuar sendo responsabilizado todos os dias por estar administrando ou não pauta-bomba. Por isso eu disse que, aqui no Senado, não vai ter pauta-bomba”, completou.