Para início de conversa, é bom deixar claro que saber a verdadeira Motivação, por trás de tudo o que falamos e fazemos, é fundamental para o autoconhecimento e, consequentemente, para o desenvolvimento pessoal.
Mas, qual é o significado de “Motivação”? Bem, o velho e bom “Aurélio” nos oferece algumas possibilidades de definições, mas a que nos interessa aqui é a seguinte: “conjunto de fatores psicológicos, conscientes ou inconscientes, os quais determinam a conduta de um indivíduo”. Ou seja, Motivação é aquilo que me move, impulsiona a fazer, falar ou me comportar de determinada maneira, ainda que, paradoxalmente, sua origem não me esteja clara.
Não saber por que agimos de determinada maneira gera confusão, insegurança, autojulgamento negativo e, frequentemente, a tendência de culpabilizar os outros quando algo dá errado ou não obtemos a satisfação dos nossos anseios e desejos. Nessas ocasiões nos sentimos pessoas pouco afortunadas, abandonadas e vítimas do destino e da vida!
De fato, a grande maioria de nós vive com o “Piloto Automático” ligado, ou seja, meramente reagindo aos acontecimentos e fatos do presente pelo instinto, em decorrência de concepções errôneas e racionalizações distorcidas que fizemos no passado e que, agora, já nem sabemos mais sua origem e a razão.
No entanto, o fato de não lembrar como “construímos” nossas crenças improdutivas e irreais não impede, em absoluto, que elas continuem a ter uma enorme influência em nossas vidas e ocasionem todo tipo de aborrecimentos, desapontamentos, conflitos, infortúnios, dor e sofrimento!
A verdade é que os acontecimentos que enfrentamos no nosso dia a dia refletem, perfeitamente, tudo aquilo em que acreditamos ser o certo e o verdadeiro para nós e, portanto, determinam a qualidade da nossa Motivação que, por sua vez, condiciona nossas atitudes e geram, consequentemente, os resultados. Bons ou maus!
As crises que nos atingem, de tempos em tempos, são o sinal inequívoco de que precisamos procurar dentro de nós, com honestidade e coragem, o que deu origem aos acontecimentos em questão, é preciso retornar até o primeiro impulso que nos levou a atuar, sou seja, nossa Motivação.
Só então, com a plena consciência da nossa autoresponsabilidade e com a aceitação compassiva das nossas falhas, poderemos resignificar nossas crenças distorcidas e adotar atitudes adequadas que nos levem a uma vida com mais satisfação e significado!
Para ser consciente é preciso estar consciente primeiro, ou seja, é imprescindível desligar o “Piloto automático”!
Ricardo Porto, terapeuta transpessoal, mentor e conselheiro de administração. Autor do livro “Ouse ser quem você é” (Literare Books International)