No dia 26 de junho, a juíza Marina Lorena Pasqualotto, representante do Poder Judiciário da Vara Criminal de Rio Branco do Sul e Itaperuçu, ministrou uma palestra na ASEM (Associação de Educação Municipal) sobre o tema “Educar é Prevenir – versão docentes”. A iniciativa faz parte de um projeto dedicado ao combate à violência de gênero, mencionando diferentes tipos de violência, como a doméstica e familiar, além de abordar a Lei Maria da Penha (11.340/2006) e o combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes.
O evento contou com a presença de diversas autoridades, entre elas a desembargadora Dra. Ana Lucia Lourenço, o promotor de Justiça do Ministério Público, Dr. Wilson Dornelas Rodrigues Filho, a secretária de Educação de Rio Branco do Sul, Elisabete Baido, a secretária de Assistência Social de Itaperuçu, Rubiene Costa Pereira, os vereadores Ariel de Paula e Ana Flavia Castro, a representante do Núcleo Regional de Educação, Elisangela Baido, entre outros representantes de órgãos de defesa de direitos.
Durante sua apresentação, Dra. Marina apresentou casos reais de violência que fazem parte de seu cotidiano de trabalho, destacando a importância de identificar, acolher e denunciar esses casos aos órgãos competentes. A magistrada também ressaltou a necessidade de a sociedade atuar como replicadora das informações por meio do Núcleo de Proteção das Mulheres, a fim de combater a violência contra as mulheres no Paraná. Segundo ela atualmente, o estado registra cerca de 100 mil casos de violência feminina, uma estatística a ser modificada com a participação de todos e com medidas preventivas para a redução dessa realidade. O objetivo da palestra foi alertar sobre a importância de se discutir esse assunto de forma responsável, por meio de ações preventivas.
Na ocasião o promotor de Justiça, Wilson Dorneles, ressaltou a relevância da escola como um ambiente seguro para o acolhimento e encaminhamento das demandas relacionadas à proteção de crianças e adolescentes. O representante do Ministério Público enfatizou ainda sobre a importância de capacitar os professores para lidar com essas demandas e encaminhá-las adequadamente, de forma que os casos de violência sejam investigados, responsabilizados e, acima de tudo, que haja defesa das crianças e adolescentes.
Para muitos jovens, a escola é um local seguro para relatar situações de violência vivenciadas, daí a necessidade de transformar esse ambiente em um espaço acolhedor, com profissionais capacitados que possam receber essas demandas e oferecer a assistência necessária.