sexta-feira, 20 de setembro de 2024
Aprovado na Alep projeto que reforça alerta sobre uso excessivo de telas na infância

Aprovado na Alep projeto que reforça alerta sobre uso excessivo de telas na infância

uso excessivo de telas na infância
Parlamentares aprovaram durante a sessão a proposição 117/2023, que institui a Semana de Conscientização e Prevenção sobre Males Causados pelo Uso Intenso de Celulares, Tablets e Computadores na Infância

Um alerta aos pais e responsáveis sobre os prejuízos causados pelo uso exagerado de telas na infância ganhou força no Paraná, com a aprovação de um projeto de lei na Assembleia Legislativa, no dia 5 de junho, segunda-feira. A proposta institui a Semana de Conscientização e Prevenção sobre Males Causados pelo Uso Intenso de Celulares, Tablets e Computadores por Bebês e Crianças, além de incentivar atividades em ambiente externo.

A iniciativa 177/2021, aprovada em primeiro turno, é assinada pelo deputado Tito Barichello (União) e prevê a realização de reuniões, palestras e campanhas sobre o tema, bem como propagandas em emissoras de rádio, TV e na Internet; distribuição de informativos, entre outras formas, a serem realizadas anualmente na primeira semana do mês de novembro.

Ações de prevenção

O parlamentar defende a importância da realização de ações de prevenção que incentivem as crianças a realizarem atividades em ambientes externos diariamente; não aproximar demais os olhos dos celulares, tablets e computadores; a cada 1 hora tirar o olhar das telas e focalizar objetos distantes; que o uso desses equipamentos, por crianças de 2 a 5 anos, não ultrapasse uma hora por dia, etc.

“Os especialistas alertam que exagerar nessa exposição às telas, ainda mais numa idade tão precoce, pode prejudicar o desenvolvimento do recém-nascido, pois quando os pais fornecem à criança um vídeo no celular ou no tablet, isso ativa as vias de processamento cerebral que são predominantemente passivas. E esse tipo de atividade ocupa um tempo em que o bebê poderia ser estimulado com atividades mais ativas, que aperfeiçoam a capacidade de coordenação motora e outras habilidades importantes nessa faixa etária”, explica o deputado na proposta.

Oftalmologia

O texto traz levantamento feito pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, de que 20% das crianças em idade escolar apresentam algum problema de visão, salientando que as crianças são mais suscetíveis ao excesso do uso de telas, como celular, tablet e computador, por estarem em fase de formação, lembrando que a principal fase que o olho desenvolve vai do nascimento até os três anos. Após essa idade, o processo é mais lento e o comprimento do olho passa a ter equivalência ao tamanho do olho de um adulto. Por isso, as telas exercem uma influência direta na visão, pois ocorre modificação da lente, muda a córnea, que é a parte externa do olho, e a interna que é o cristalino.

Já a Academia Americana de Pediatria orienta que até os dois anos de idade os bebês não devem ser expostos às telas dos celulares, tablets e computadores e até mesmo televisão. “Pois vários estudos, já confirmados, indicam que a exposição às telas não contribui para o aprendizado de bebês, enfatizando que eles aprendem melhor com as experiências da realidade. Explorar o mundo ao vivo e sem telas melhora a coordenação e a visão desses bebês, sendo essencial que bebês aprendam conceitos enquanto interagem com pessoas e objetos reais”, complementa o autor.

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