A Prefeitura de Curitiba acolheu 1.276 pessoas em situação de rua na noite do dia 15, segunda-feira, e madrugada do dia 16, terça-feira, quando realizou a segunda ação intensificada da semana, em função das baixas temperaturas que atingem a capital. A quantidade é maior do que a registrada na madrugada anterior, quando os abrigos do município atenderam 1.262 pessoas.
Com a temperatura mínima perto dos 8º graus, a mesma da madrugada anterior, as equipes da Fundação de Ação Social (FAS), responsável pelo atendimento à população em situação de rua na cidade, fizeram 120 abordagens sociais para ofertar serviços, 50% delas baseadas em chamados feitos à Central 156.
“Como acontece todas as vezes em que há previsão de temperaturas iguais ou menores a 8ºC ou chuvas intensas, o que aumenta a sensação de frio, a FAS intensifica o trabalho de abordagem social para oferecer, principalmente o acolhimento, com o objetivo de evitar mortes por hipotermia”, explica a presidente da FAS, Maria Alice Erthal.
A ação reforçou o trabalho que já é feito 24 horas por dia em toda a cidade e foi realizada às vésperas do início da Operação Inverno. A operação vai até 15 de setembro.
Abrigos e serviços
Na última noite, as equipes da FAS encaminharam para casas de passagem 68 pessoas que estavam nas ruas desprotegidas e aceitaram acolhimento.
Ao contrário da noite anterior, quando o número de recusas chegou a 74, apenas 48 pessoas não aceitaram atendimento e preferiram permanecer nas ruas.
Para as pessoas que não aceitam acolhimento e estão pouco agasalhadas, as equipes da FAS entregam cobertores. Durante toda à noite, foram distribuídos 43.
Nas abordagens sociais, a equipe convenceu uma das pessoas a retornar para a família. Outras três precisaram de atendimento de saúde por estarem bastante debilitadas e cinco receberam atendimento para inclusão no Cadastro Único, sistema do governo federal que dá acesso a benefícios sociais.
Do total de acolhidos, 428 foram atendidos em casas de passagem, onde podem chegar espontaneamente ou levados pelas equipes. Os demais já são usuários de hotéis sociais, unidades de acolhimento institucional e uma república do município.
