O deputado estadual e primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcel Micheletto (PL), demonstrou extrema preocupação, na terça-feira, dia 18, quanto ao risco de invasão de terras no Estado do Paraná. “Tenho atendido representantes de muitos sindicatos rurais e grupos de produtores, que têm demonstrado essa preocupação e afirmando que estão prontos para o confronto”, disse Micheletto.
Na segunda-feira, dia 17, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) deflagrou uma onda de invasões em propriedades rurais e prédios públicos em vários estados do país, alegando que o ato serviu para lembrar o episódio de Eldorado dos Carajás, no Pará, quando 21 trabalhadores rurais foram mortos, há exatos 27 anos.
“Não podemos aceitar que um estado produtor como o Paraná, o que mais gera valor agregado por metro quadrado no País, sofra qualquer tipo de ameaça dessa natureza. As pessoas que vivem da agricultura não podem perder suas terras. O agro é a mola propulsora da nossa economia e nós, que somos ligados ao setor produtivo, estamos muito preocupados com o risco de invasões”, destacou o parlamentar.
Micheletto apelou às autoridades de segurança pública que redobrem o cuidado e mantenham um olhar cirúrgico sobre a possibilidade dessa onda de invasões atingir o Paraná. “Não podemos aceitar que um estado tão sério e rico possa sofrer algo dessa magnitude. Precisamos adotar um olhar com muita luz e sobriedade neste momento. Estou preocupado com que tenho ouvido: o medo das pessoas terem suas terras invadidas”, afirmou.
O direito à propriedade, na opinião de Micheletto, é sagrado. “Invadir terras, seja por qualquer motivação, é um crime que precisa ser penalizado com penas severas”, concluiu o deputado, que discorreu sobre o assunto enquanto presidia a sessão, em substituição ao presidente Ademar Traiano.
