A Nova Ferroeste, os recursos provenientes do fim do financiamento da Usina de Itaipu e verbas para a manutenção de rodovias foram as principais demandas do Paraná apresentadas junto à União no dia 31 de janeiro, terça-feira, em reunião virtual com representantes do Governo Federal e de todos os estados. O secretário de Planejamento do Paraná, Guto Silva, participou do encontro, que foi comandado por Mauricio Muniz, subchefe da Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, da Casa Civil da União.
Essas demandas haviam sido compartilhadas no dia 27 de janeiro, em encontro realizado em Brasília, com a participação do governador Carlos Massa Ratinho Júnior. Guto Silva explicou que a reunião técnica serviu para reforçar as demandas do Paraná, iniciar a instrumentalização do calendário de ações próximas e esboçar o plano de investimentos.
“São nossas demandas a Nova Ferroeste, assunto que o Paraná tem colocado muita energia e que é estratégica para o Estado; o Anexo C, do Tratado de Itaipu, que envolve o fim do financiamento da usina e o desejo do Estado em acessar uma parte desse recurso antes empenhado; e o Anel Viário, que abrange o custeio das rodovias federais, de R$ 300 milhões anuais somente para a manutenção básica. Essas estradas não podem receber aporte estadual, exigindo recursos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes”, explicou o secretário.
Todos esses projetos precisam ser desenhados e organizados, para que haja aderência federal, explica o secretário de Planejamento. “Nosso objetivo é deixar todo o ambiente preparado, com bons projetos estruturados, para termos condições de captar recursos”, disse.
Além de projetos do Estado, também foi levada à União uma proposta regional do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que é a criação do Fundo Sul, um instrumento de desenvolvimento que Sudeste, Norte e Nordeste já têm. “Este fundo pode alavancar e financiar nossa agroindústria, indústria e comércio”, disse Guto Silva, que assinalou a necessidade de avanço nas questões de infraestrutura.
“O Paraná que cresce vai demandar mais energia, rodovias, ferrovias e aeroportos para podermos acompanhar esse crescimento. O Estado não pode ser empecilho a esse progresso a médio e longo prazo, não podemos chegar a um ponto de uma indústria não poder se instalar no Estado por falta de estrutura de escoamento e transporte da produção, por exemplo”, disse. “Temos essa obrigação de refletir o Estado para não hipotecar o futuro do Paraná”.