Fim de férias: como lidar com a mudança de escola dos filhos

Fim de férias: como lidar com a mudança de escola dos filhos

Mudar de escola
Especialista orienta que adaptações podem alterar o comportamento das crianças.

Mesmo com as viagens ou a promessa de descanso em casa, em janeiro muitos pais já estão pensando na escola dos filhos, muitos por conta do material que deve ser providenciado, outros por causa do início das aulas, marcado para o fim do mês, e alguns planejando o primeiro contato das crianças com a rotina escolar ou a readaptação daqueles que tiveram que mudar de escola.

Em 2022, o Brasil somou 74,5 milhões de estudantes matriculados no ensino infantil, fundamental, médio e em instituições que oferecem educação para jovens e adultos (EJA). Os dados são do Censo Escolar, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e vinculado ao Ministério da Educação, que também revelou que 13.253.184 crianças frequentam creches e pré-escolas.

A educação infantil representa um período de adaptações para pais e filhos, já que a escola é um ambiente pouco parecido com o que os pequenos estão acostumados. “Nos primeiros anos o conjunto educacional é formado por um professor principal, turmas pequenas e ambientes mais acolhedores”, explica Aline De Rosa, especialista em desenvolvimento infantil integrativo. “Quando acontece a mudança para o ensino fundamental, com carteiras posicionadas em salas de aula, poucos ou nenhum brinquedo no ambiente e um quadro negro à frente, as crianças podem se assustar e o retorno à rotina escolar pode ser difícil”, completa.

Para os pais com filhos em idade de transição escolar, a especialista orienta calma. “É possível que a criança faça birras, chore ou fique triste por um tempo e esse processo deve ser considerado natural caso ela goste e não queira mudar de escola”, esclarece Aline. “Os adultos devem acolher e acalmar o filho, explicando que se trata de uma fase e mostrando pontos positivos da alteração, como a possibilidade de conhecer e aprender coisas novas”, complementa.

Uma maneira de tornar a adaptação mais fácil é ouvir a criança e sua opinião sobre o novo ambiente. “O discurso sincero e aberto deve ser mantido para perguntar o que ela gosta na escola, as atividades e matérias que prefere e a partir daí os pais analisarem o processo”, salienta a especialista.

Para saber se o filho está bem adaptado a nova escola é preciso que os pais observem e estejam atentos aos sinais. “Se a criança volta para casa ansiosa, angustiada e muito fechada, está na hora de conversar com o professor para entender o que está acontecendo”, elucida Aline. Dificuldade para dormir, despertares durante a noite, agressividade fora do comum e variações de humor também devem acender o alerta.

Nova escola = mudanças no comportamento

Mudar de escola é um processo impactante na vida das crianças. Um novo ambiente, com outro professor e a necessidade de fazer amizades pode ser um desafio grande e por isso os pais devem esperar mudança no comportamento dos filhos. “A criança expressa suas vontades e demonstra se está feliz através da forma que age. Como ela não sabe externalizar seus sentimentos, acaba tendo reações agressivas, reclamando, não querendo colaborar em casa ou seguir as regras estabelecidas”, reforça a especialista.

Variações de humor também podem ser pedidos de ajuda dos pequenos. “O mundo da criança é seu lar e sua escola e durante a transição ela pode precisar de auxílio porque ainda está se ambientando. O comportamento de se “fechar para si” também merece atenção”, finaliza.

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