Audiência Pública no TJPR debate política de acolhimento para população em situação de rua

Audiência Pública no TJPR debate política de acolhimento para população em situação de rua

Sessão reuniu representantes do Grupo Interinstitucional de Atendimento à População em Situação de Rua e entidades civis do Paraná

O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) sediou, no dia 30 de novembro, uma audiência pública do Grupo Interinstitucional de Atendimento à População em Situação de Rua (GT-PSR). A audiência foi requerida pelo Movimento Nacional da População de Rua atuante no estado do Paraná, por intermédio da Comissão de direitos Humanos da Assembleia Legislativa (ALEP-PR) e do Conselho Permanente de Direitos Humanos.

A sessão teve o objetivo de discutir a implementação da Resolução n°425/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que institui a Política Nacional de Atenção às Pessoas em Situação de Rua no estado do Paraná, pensando coletivamente a construção de uma política de acolhimento permanente no âmbito da Justiça.

A coordenadora do GT-PSR, desembargadora Priscilla Placha Sá, definiu a audiência como um marco histórico para o TJPR. “Nos alinhamos com a perspectiva da gestão atual, no sentido de valorização do ser humano e, juntamente com ele, seus direitos e garantias. Existem determinados grupos que ostentam vulnerações mais acirradas, dentre eles está a população em situação de rua, não raro, cumulado com outras situações como a questão trans e de racismo, que foram dois destaques hoje”, explicou a desembargadora.

O procurador de Justiça, Dr. Olympio de Sá Sotto Maior Neto, cumprimentou os participantes e classificou a audiência como um evento de cidadania: “A existência desse grupo interinstitucional é uma esperança de que a gente avance no cumprimento da Resolução do CNJ. O Ministério Público no sentido de cumprir com o seu papel institucional de ser o defensor dos interesses dessa população e de garantir acesso à Justiça. Por outro lado, o CNJ nessa perspectiva de que a prestação da tutela jurisdicional possa chegar a essas pessoas que ainda estão impossibilitadas do exercício dos direitos elementares da cidadania”, afirmou o procurador.

Durante a programação, representantes das entidades civis tiveram espaço de fala. Ao final, o GT-PSR apresentou um plano de trabalho propositivo com ações que serão desenvolvidas nos próximos dois anos no que tange ao atendimento da população em situação de rua. “Esse é um dia histórico e é a população de rua quem ganha. É o nosso papel como Movimento, junto com o Sistema de Justiça, fazer esse trabalho”, explicou o líder do Movimento Nacional da População em Situação de Rua no Paraná, Leonildo Monteiro Filho.

A mesa de abertura foi composta pela desembargadora Priscilla Placha Sá; o procurador da Justiça, Dr. Olympio de Sá Sotto Maior Neto; a subdefensora pública-geral, Dra. Olenka Lins e Silva Martins Rocha; Leonildo Monteiro Filho, representando o Movimento Nacional da População em Situação de Rua do Paraná; Bruna Ravena, representando o Conselho Permanente dos Direitos Humanos do Estado do Paraná; Luiz Rosa, representando a Comissão de Direitos Humanos da ALEP-PR; e Maria Eduarda Fonseca, representando a Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho no Paraná.

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