De janeiro a agosto deste ano, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) já recebeu 227 visitantes do Brasil e Exterior, a maioria administradores públicos e urbanistas e representantes do corpo técnico de administrações de cidades, atraídos pelo planejamento curitibano e em busca de informações.
Na lista das principais demandas estão o intercâmbio de experiências e o modelo do Ippuc como base para a criação de institutos de planejamento similares em outros locais.
Foi o interesse pela troca de experiências de planejamento que trouxe a Curitiba, no dia 31 de agosto, quarta-feira, o vice-prefeito e secretário de Planejamento e Desenvolvimento da cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo, Daniel Marques Gobbi, acompanhado de técnicos da prefeitura e de representantes do terceiro setor.
Também integraram o grupo da cidade paulista, que é conhecida como a Califórnia Brasileira, o secretário de Governo, Antonio Daas Abboud; o chefe de Divisão de Análise de Projetos do município, Luiz Gustavo Batistuti Moreira; e o presidente do Instituto 2030, Eduardo Marchesi de Amorim, acompanhado pelos também representantes da organização, Dirceu José Vieira Chrysostomo, Silvio Trajano Contart e Alberto Borges Matias.
“Curitiba é modelo de planejamento urbano e para nós é uma oportunidade ímpar conhecer o funcionamento do Ippuc no que se refere aos bastidores”, afirmou o vice-prefeito de Ribeirão Preto, Daniel Marques Gobbi.
A comitiva paulista foi recebida pelo presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur, que falou dos desafios de Curitiba.
“Planejamento é resultado. Curitiba tem como particularidade o pragmatismo em seguir o que estabelece o Plano Diretor. É uma cultura urbanística, de planejamento que pode ser percebida até mesmo entre os moradores da cidade”, observou o presidente do Ippuc.
Segundo Jamur, o efeito do planejamento se nota com a implantação dos projetos. “Desta forma a presença do Ippuc é percebida por todos os cidadãos, porque o resultado do nosso trabalho está nas ruas”, reforçou.
Carteira de projetos
O presidente do Ippuc também ressaltou a importância da necessidade de a cidade manter ativa a carteira de projetos para a busca de investimentos com vistas ao desenvolvimento urbano e humano. Atualmente, a Unidade Técnica de Gerenciamento de Projetos (Utag) do Ippuc, exigência dos organismos internacionais de financiamento para execução dos contratos, ultrapassa os R$ 500 milhões em licitações de obras e consultorias para o atendimento dos programas contratados com recursos externos.
Entre os destaques, Jamur citou o Projeto de Gestão de Risco Climático Bairro Novo do Caximba (PGRC), a maior intervenção socioambiental da história recente de Curitiba e a estratégia de implantação de eletromobilidade em larga escala no transporte público, que vai promover uma mudança significativa em termos de inovação em mobilidade e ações socioambientais. Temas estes comtemplados no Plano de Ação Climática de Curitiba que tem o objetivo de zerar as emissões até 2050.
De acordo com o vice-prefeito de Ribeirão Preto, a possibilidade de saber como é possível trabalhar em acordo com os interesses de todos os setores da sociedade e, ao mesmo tempo, respeitar as diretrizes do Plano Diretor é um dos objetivos dos técnicos do município paulista.
“Esta excelência em projetos realizados é o que buscamos para a cidade de Ribeirão Preto”, reforçou Gobbi.