O Movimento Pró-Paraná realizou na manhã de segunda-feira, 29 de agosto, em parceria com o Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) e com o apoio de dezenas de entidades da sociedade civil, a entrega das propostas ao candidato à reeleição para o governo, Carlos Massa Ratinho Junior. Organizadas em quatro blocos, as propostas versam sobre gestão pública, setor produtivo, política social e gestão estratégica da água.
“Queremos entregar essas propostas e pleitear também a nomeação de profissionais para as áreas técnicas”, pontuou o presidente do IEP, Nelson Gomez. “Agradeço a presença de todos, em especial do candidato Ratinho Jr., amigo desta casa”, disse ainda. Gomez explicou a dinâmica do evento, que consistiu de uma apresentação do convidado e do sorteio de perguntas previamente formuladas dirigidas ao candidato.
Ao saudar os participantes do evento, o presidente do Movimento Pró-Paraná, Marcos Domakoski, citou as presenças de Ramiro Wahrhaftig, presidente da Fundação Araucária; do professor Zaki Akel Sobrinho, ex-reitor da UFPR; do ex-secretário estadual Marcio Nunes, do ex-ministro Luiz Carlos Borges da Silveira, agora gestor do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) no Paraná, e do ex-governador Orlando Pessuti. Ele ressaltou o empenho do diretor-tesoureiro do Pró-Paraná, Jaime Sunye, que catalisou as ideias das mais de 30 instituições para organizar o documento com as propostas.
“É grande a alegria de estarmos reunidos aqui neste 29 de agosto — data tão relevante para o Paraná, pois marca o dia da assinatura da lei que nos levou à emancipação. Relembramos o passado, mas nossa atenção se volta, neste ano eleitoral, para o futuro. Muito foi feito, mas há mais para conquistar se soubermos trabalhar em permanente diálogo e cooperação”, disse Domakoski.
O presidente do Pró-Paraná comentou o vídeo exibido no início do evento, com um resumo das obras realizadas durante o governo de Ratinho e destacou a segunda ponte Brasil-Paraguai. “Foi executada em tempo recorde essa obra que liga os dois países. A terceira pista do Afonso Pena é outra obra, que teve nota técnica preparada pela união do Movimento Pró-Paraná e do IEP, a pedido de seu secretário Márcio Nunes”, destacou. Ele citou o Comitê de Infraestrutura e os documentos técnicos sobre Pedras Palanganas e sobre a engorda da orla de Matinhos. “Temos nos colocado ao lado do Paraná para todas essas conquistas. Muitas outras virão se continuarmos nesse diálogo tão profícuo”, acrescentou.
“Acreditamos que uma sociedade se fortalece quanto maior for número de entidades que dela tomam parte ativa, especialmente quando buscam ser também parte da solução”, concluiu Domakoski.
Panorama
Ratinho Junior iniciou sua participação apresentando um panorama do seu governo. “Reduzimos as secretarias para dar mais velocidade às decisões tomadas, reorganizamos as pastas e tomamos outras decisões para a modernização da máquina. Avançamos na facilidade para abrir empresas, simplificando o processo na Junta Comercial e procuramos trabalhar para criar um ambiente de atração de investimentos, desburocratizando a máquina. Exemplo disso foi a redução do tempo para resposta aos pedidos de licença ambiental. Não discuto aqui se a licença será concedida ou não. Mas o sim ou não tem de ser rápido”, relatou.
O candidato à reeleição também falou sobre a importância de um investimento conjunto no agronegócio e na indústria. “Temos de ser o supermercado do mundo. Em vez de frango, vamos vender salsicha e frango empanado, fortalecendo cada vez mais a nossa indústria. E assim também em outros segmentos”, projetou.
O candidato falou sobre os desafios: “Temos agora o problema bom, que é buscar mão de obra qualificada”, apontou. Outro ponto tratado foi a geração de energia: “Estamos entre os estados com mais potencial de Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCHs). Esse setor não avançava por conta do lobby. Queremos dar espaço a todas as matrizes de energia limpa: PCHs, eólica, solar e biogás”, disse.
Em relação aos investimentos, o governador afirmou que foram R$ 300 milhões em projetos logo no início da gestão, sendo R$ 40 milhões só na Nova Ferroeste. “Faltava projeto. Não era um mal só do Paraná, mas do Brasil inteiro. Na ligação para o litoral, os últimos projetos eram de D. Pedro II”, brincou. “Fizemos um banco de projetos e ao longo do tempo fomos tirando do papel. Faço aqui um agradecimento público ao Movimento Pró-Paraná, ao Instituto de Engenharia e a outras entidades. O maior legado do meu governo foi a capacidade de unir o Paraná. Hoje somos um estado em que as instituições se falam. Com paz, planejamento e eficiência, as empresas vêm”, considerou.
Ao finalizar, Ratinho Jr. fez uma projeção otimista do contexto para os próximos anos. “Espero agora governar o Paraná sem covid e sem os 800 dias de calamidade hídrica que enfrentei no primeiro mandato”, disse.
Ao responder às perguntas, o candidato falou sobre a importância de a universidade colaborar com o desenvolvimento regional das pequenas cidades, desde a formulação dos projetos até a escolha dos cursos. Também foi abordada a renovação do Tratado de Itaipu, na qual o Paraná espera manter os royalties que compensam as cidades da região pela área cedida para a construção da represa que integra a usina.