O prefeito de Pinhais, Luizão Goulart, que recentemente deixou a presidência da Associação dos Municípios da Região Metropolitana, afirmou nesta semana que é totalmente a favor da licitação das linhas metropolitanas do transporte coletivo.
Na opinião do prefeito, o processo contribui para que o sistema seja aperfeiçoado e com uma solução definitiva para este “vai e vem” de polêmicas que a alguns anos vem se tornando frequentes na relação entre Governo do Estado e municípios.
“Se for feita a licitação das linhas metropolitanas as empresas devem prestar o serviço sem necessidade de o Poder Público ter que investir no transporte coletivo recursos que deveriam ser para outras áreas”, destacou Luizão. Para o prefeito, a criação do subsídio em período pré-eleitoral retardou o processo de avanço que o sistema integrado de transporte vivia nas últimas décadas. “Foi colocado em risco o fim da integração quando houve esta briga entre a Comec e a Urbs. Agora é inadmissível que as prefeituras da Região Metropolitana tenham que já demonstram dificuldades em investir em tantas áreas importantes como a saúde, estradas e educação, tenham que pagar esta conta que não é de responsabilidade do Estado”, completou.
Municípios assumindo as contas
Uma das maiores polêmicas relacionadas ao transporte coletivo foi a recente situação do município de Araucária. Após as mudanças feitas pela Comec, houve o fim da integração do transporte e os passageiros de Araucária que pagavam apenas uma passagem para ir a Curitiba passaram a pagar duas ou em alguns casos até três. Pouco mais de um mês se passou e então o prefeito de Araucária Olizandro Ferreira conseguiu entrar em acordo com o governador Beto Richa e um convênio entre o Governo do Estado e a Prefeitura foi firmado. No final, quem acabou se prejudicando foi o município que terá de desembolsar R$4,8 milhões para subsidiar o transporte. Mesmo valor que deverá ser repassado pelo Estado.
Auditoria
O Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) recomendou que a Urbanização de Curitiba (Urbs) e o governo do Paraná façam a licitação do lote de linhas de ônibus integradas RIT. A recomendação faz parte do relatório de auditoria da tarifa de ônibus, que foi votado na última quinta-feira (14). O relatório é estudado pelo tribunal desde 2013, com base em análises do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e de uma CPI na Câmara de Vereadores de Curitiba, que investigou as licitações na capital.
